Paraná na conversa pra boi dormir

PARANÁ NA CONVERSA PRA BOI DORMIR

O importante é o principal, o resto é secundário.

Antônio Francisco de Oliveira (Neném Prancha)

            Na ruína da atual política brasileira o pardieiro tem muitos maganos paranaenses. São manchetes do noticiário nacional e aqui na terra das araucárias podem ser chamados de aves de rapina a desonrar nossa ave bela do folclore, a gralha azul. Jovem na política nem envelheceu ainda e já é no mínimo velhaco, Rodrigo Rocha Loures iniciou carreira ao apoiar o então candidato (governo do Paraná, 2002) Roberto Requião (PMDB). Rodrigo foi chefe da Casa Civil até 2004. Ano seguinte filiou ao PMDB, eleito deputado federal. Agora imagens e sons evidenciam Rodrigo apanhando a mala com dinheiro vivo, 500 mil reais: apanhado ao vivo.

            Nas doações declaradas à Justiça Eleitoral e só tangentes ao grupo JBS, Requião recebeu R$ 2.400.000,00, o segundo com maior valor. Nada estranho à verborragia peculiar do senador ao defender o colega partidário, íntimo companheiro, assim como sem surpresa é Requião autor do projeto de lei contra o abuso de autoridade.

            Na lista do recebido legalmente outro paranaense e deputado federal (PMDB) Osmar Serraglio, 200 mil reais. Razoável indagar, ainda que a resposta seja negativa: só foram as qualidades de Serraglio que o tornaram ministro da justiça do governo Michel Temer (PMDB)? A grande proximidade entre o presidente e Rodrigo, notória e não negada por ambos, ela determinou a escolha do presidente do ministro Serraglio? Consequentemente o então primeiro suplente Rodrigo assumiu vaga na Câmara Federal e garantiu foro privilegiado. No escândalo do privilégio também é retumbante desaforo Rodrigo receber os proventos como parlamentar ainda que afastado pela Justiça.

            Quem mais recebeu doações foi a petista Gleisi Hoffmann: R$ 8.600.000.00. O quarto da lista, com R$ 1.001.000,00 é o governador Beto Richa, PSDB.

            Assim como no quadro nacional os políticos paranaenses caracterizam o cenário político-partidário com seus maiores envoltos, PMDB, PSDB, PT, (ordem alfabética).

            Creia o caro leitor, ou não, por falta absoluta de espaço, a lista é longa e não caberiam com referências e análise dos fatos. Ficará o restante para o a próxima Coluna.

Fases de Fazer Frases

            És todo astuto? É tudo, astuto. Susta tudo que o assusta?  

Olhos, Vistos do Cotidiano (I)

            Impossível não vê-lo. Pode ser que ele não seja notado, mas é real. É um senhor que há alguns anos se instalou na calçada do conhecido Pronto Socorro, centro de Campo Mourão. Vende salgadinhos e agora passou a vender marmitex. Junto ao carrinho dele com toldo gasto e rasgado, o homem usa da mentira como prática de concorrência, e, sem que lhe perguntem, diz que os bares próximos vendem salgadinhos amanhecidos, frios. Ande com qual frequência lava as mãos dele?

            Os bares situados na movimentada Avenida Manoel Mendes de Camargo, três deles bem próximos do hospital, há anos servem café fresco e salgadinhos quentinhos, sou testemunha, sobretudo como consumidor de pastel.

            Sem demonstrar que cuida das mãos e boca, o vendedor ambulante fixo está estabelecido irregularmente, de no mínimo duvidosa higiene e sem recolher impostos, taxas, alvará. Os olhos do vendedor na calçada do Pronto Socorro enxergarão algum fiscal da Prefeitura? O vendedor terá tempo de pedir socorro. Detalhe essencial: sem poder lavar as mãos e para outra higiene, consumidores recorrem ao banheiro dos bares, indicados por ele. Só falta o ambulante criticar negativamente a sanidade dos sanitários da concorrência.

Olhos, Vistos do Cotidiano (II)

            Uma pessoa será analisada na próxima Coluna, na sequência do tema principal de hoje. Além do espaço faltante, tal pessoa até então não veio a público responder. Ela que não deixa passar nada, que houve?          

Reminiscências em Preto e Branco

            Homem e máquina, um inventa a outra e ela pode acabar com ele. Hoje a máquina de datilografia nem é vista, só no museu. O Dia do Datilógrafo existe: 24 de maio. História não acaba. Passado bate na mesma tecla.