Qual dos absurdos é o maior?
“A riqueza de uma nação se mede pela riqueza do povo
e não pela riqueza dos príncipes”.
Adam Smith
Joás do Paulo Pereira, vulgo “Tchê” se tornou conhecido como churrasqueiro oficial do presidente Jair Bolsonaro. Dia 26 agora ele assou carne para o aniversário da filha caçula do presidente.
Segundo a coluna do jornalista Marcos Nogueira, Folha de São Paulo, o churrasqueiro recebeu auxílio emergencial, que totalizou 4 mil e duzentos reais (parcelas de 600 em cinco vezes e quatro de 300 reais). O jornalista, antes de noticiar, entrou em contato telefônico com o assador, que, sem responder praticamente nada, desligou.
Vai ver que o pobre do “Tchê” só tem o presidente como cliente e, quem sabe, ele não cobra ou o presidente não paga ao assador de carnes.
Auxílio emergencial para o churrasqueiro pode até ser legal, mas, sem dúvida, moralmente insustentável.
Agora do primeiro fato para o segundo, a ver com o conhecido preço da picanha assada, paga por todos nós brasileiros: 1.799,99 o quilo da picanha. Que o preço da carne em geral só sobe a preços proibitivos e que a picanha é nobre e cara, ainda assim quase a chegar a dois mil reais não são arroubos do presidente e do assador, é roubo a passar do teto de gastos.
Dois absurdos que tornam risível e proibitivo o ditado popular: Dos males o menor.
Fases de Fazer Frases (I)
Ser invejado é ser alvejado.
Fases de Fazer Frases (II)
Por enquanto um tanto é quanto.
Por quanto é um tanto.
Porém tanto e quanto é por enquanto.
Fases de Fazer Frases (III)
Disponha palavras.
Diz ponha palavras.
Ponha palavras no que diz.
Fases de Fazer Frases (IV)
Chovem palavras com pingos nos is.
Fases de Fazer Frases (V)
Faz todo o sentido o que o sentido faz.
Fases de Fazer Frases (VI)
A única ordem correta das palavras é no dicionário.
Fases de Fazer Frases (VII)
Sem ler nada, com o tempo o letrado regride a analfabeto.
Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
Sempre é bom, e necessário, campanhas educativas no trânsito, como a realizada em Campo Mourão, para o uso correto da faixa de pedestres, logicamente por parte dos perdestes, e, logicamente também, por parte dos motoristas.
Uma outra situação que poderá ter a devida atenção é a de ciclistas que pedalam nas calçadas, chegam a assustar os pedestres e não estão nem aí.
Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
Observo o motorista – que, aliás não pode ser chamado de cidadão, sair da imponente camionete para fazer compras. Até aqui, nada de mais. Porém, ele estacionou na vaga reservada para portadores de necessidades especiais, que não é o caso dele (estava sozinho) nem tampouco tinha o decalque que pudesse identificar com tal direito.
Pensando um pouco melhor, ele tem um tipo sim de deficiência, a soberba com a falta de respeito.
Farpas e Ferpas (I)
Dá no mesmo o que do mesmo não se dá.
Farpas e Ferpas (II)
Não confundamos:
O que dissimula; com o que disse a mula.
Farpas e Ferpas (III)
Não confundamos:
Mulher calcina; com a mulher de calcinha.
Farpas e Ferpas (IV)
Não confundamos:
O chá de confrei; com o chá do confreire.
Reminiscências em Preto e Branco (I)
É como passar do tempo que o tempo passa.
Reminiscências em Preto e Branco (II)
A propósito do tema que abre a Coluna de hoje, bem cabe a máxima, “Custar os olhos da cara”. Tal aforismo tem origem nos tempos remotos bárbaros, traidores de toda ordem e prisioneiros de guerra, tinham os olhos arrancados como castigos. Daí vem o ditado, custar os olhos da cara.
E hoje a expressão é empregada em alusão a carestia e os preços elevadíssimos, tais como o dos combustíveis, gás de cozinha e da carne.
Reminiscências em Preto e Branco (III)
Em proveito ao subtítulo acima e em termos de ditado, um bem brasileiro vem perdendo o sentido literal e de fato: “A preço de banana” que pode ser complementado o grau de pobreza, “fulano está comendo pão com banana”. Tanto o valor do pão quanto o da banana não se compra com moedinhas.
José Eugênio Maciel | [email protected]