Qual é o seu conselho?
“Aquele que dá bons conselhos, constrói com uma mão; aquele que dá bons
conselhos e exemplo, constrói com ambas; o que dá boa admoestação
e mau exemplo constrói com uma mão e destrói com a outra”.
Francis Bacon
É amplo o sentido da palavra conselho, origem latina consiliu. Inicialmente referencia coletivo, assembleia, colegiado de sábios, pessoas que emitem parecer, opinião, resolução, julgamento. Na educação, conselho é difundido e praticado em face da reunião, principalmente no final de ano, dos professores e pedagogos para a análise e deliberação dos alunos que não atingiram notas para serem aprovados, mesmo diante de uma série de oportunidades disponibilizadas. Conselho é também individual, na origem ou a quem se destina. É orientação, advertência e elucidação.
Os ditados populares brasileiros são recheados do que podemos chamar conselhos, e vão além, pois são sentenças que provêm da rica sabedoria popular.
Sou colecionador das publicações desses ditados, assim como provérbios. A minha biblioteca é repleta de livros dos mais diversos tipos. Mas a Coluna de hoje é rememorar e compartilhar com o caro leitor, daqueles ditos que marcam minha vida. Aqui, limito-me aos que aprendi em casa com meus saudosos pais Eloy e Elza.
“Meu filho, quando oferecer bebida a alguém, jamais insista”, ele, pacientemente, explicava as razões, a hipótese de existir a luta contra a própria dependência do álcool.
Quando eu tinha 17 anos, sei disso porque eu começava a me tornar professor e tinha que levar documentos pessoais na prefeitura, acompanhado da mãe, sendo menor de idade. Indaguei se teria que levar o meu CPF (antigo CIC), “o senhor acha que vão pedir?”. Seu Eloy afirmou categoricamente: “Meu filho, documento nunca é demais. Se precisar é só apresentá-lo”. Ainda sobre documentos, dizia, nunca deveríamos deixá-los na posse de outrem, salvo para conferência imediata.
A minha mãe tinha os seus professorais ditados e a nós ensinou. “A língua é o chicote da bunda!”, quando alguém de nós se referia a atitude reprovável de uma pessoa, quando então se antecipava para não fazermos julgamentos, muito menos precipitados, sem termos conhecimento de causa. Quando estávamos empolgados com alguma amizade nova, logo dona Elza dizia: “Confie desconfiando”. Em se tratando de temas conjugais, o pai ponderava, “Não se sabe o que acontece entre quatro paredes”.
É também por tal razão que sou pioneiro em sempre fazer uma citação logo após o título da Coluna, o que também me valho ao produzir outros textos.
E o caro leitor, tem os seus ditados? Você poderá enviar as suas contribuições neste sentido. Seja o primeiro, afinal de contas, “quem chega primeiro bebe água limpa”.
Fases de Fazer Frases (I)
Se não for para refletir nem pense.
Fases de Fazer Frases (II)
Pior dúvida é a que parece não ser.
Fases de Fazer Frases (III)
Cada um é cada um… Se somados já são dois.
Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
Quanto a Coluna anterior, – Cotistas e pobres. Sim. – registro as manifestações dos leitores: Deputado estadual e prefeito eleito de Campo Mourão Douglas Fabrício, “parabéns pela Coluna de hoje”. A professora aposentada e da Academia Mourãoense de Letras, refere-se ao texto como importante para refletir, debater.
“Como sempre, um texto muito bem escrito e verídico. Carinhoso abraço deste seu admirador”, escreveu o professor aposentado Odenir Montezinno.
Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
Auditoria do Tribunal de Contas do Estado recomendou que a prefeitura de Quarto Centenário melhore a gestão escolar na manutenção e conservação dos espaços físicos, conforme noticiou esta Tribuna, 26. Indispensável informar, o prefeito – que tem o Ensino Médio completo – foi reeleito, ou seja, não tem desculpa alguma, já estava a frente da Administração local. A herança que recebeu foi dele mesmo. Precisou o Tribunal adverti-lo. E os vereadores, o que dizem? A obrigação irrenunciável é fiscalizar. Ou é só amém?
Olhos, Vistos do Cotidiano (III)
Conforme ação do ministério público, a justiça impôs à prefeitura regularizar o transporte escolar em Altamira do Paraná, noticiou a Tribuna, última quarta. Imagens evidenciam a precariedade no interior dos ônibus. O prefeito José Etevaldo de Oliveira, não se reelegeu, e não atendeu as ligações deste Jornal. Além dele, o que têm a dizer os vereadores? Se não fiscalizam, não deveriam sentar nas cadeiras confortáveis, enquanto crianças que se virem com a falta de bancos nos ônibus.
Farpas e Ferpas (I)
Insulto é clássica palavra para ofensa.
Farpas e Ferpas (II)
O incerto é também certeiro.
Farpas e Ferpas (III)
Não economize ouvidos com a intenção de gastar palavras.
Sinal Amarelo
Pior castigo é safar-se de um e cair num pior.
Trecho e Trecho
“Tudo é ousado para quem nada se atreve”. [Fernando Pessoa].
“Eduque as crianças, para que não seja preciso punir os adultos”. [Pitágoras].
Reminiscências em Preto e Branco
Todas as valas são comuns, os jazigos, não.
José Eugênio Maciel | [email protected]
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