Tevê, eu te vi
“A televisão, essa última luz que te salva da solidão e da noite, é a realidade.
Porque a vida é um espetáculo: para os que que se comportam bem,
o sistema promete uma boa poltrona.”
Eduardo Galeano
Setembro, dia 18, 1950, ela nasceu no Brasil há 70 anos quando foi ao ar pela primeira vez a pioneira emissora, TV TUPI. Mas não tinha aparelhos, para ser exato, eram só quatro televisores e ela podia dar bom dia nominando a todos os telespectadores. Para resolver o problema, o fundador contrabandeou uma grande quantidade de televisores.
Como eu nasci em 1963, assisti o início dela, a televisão era adolescente com apenas 13 anos. Me recordo bem, registro lembranças desde 1970, Copa do Mundo no México e eu com apenas sete anos. Comemorei o tricampeonato da nossa seleção. Naquele ano o Brasil estreou a imagem colorida.
Tão bem lembro do televisor de casa, colorado RQ, verdadeiro móvel da sala, tinha quatro pés, uma antena em cima dele e outra bem alta fora de casa. Imagem em preto e branco com muitos chuviscos e frequentemente tinha que mexer na anteninha, púnhamos na ponta palha de aço ou lá fora virávamos a antena para melhor captar sinal.
Assistíamos a TV Coroados de Londrina, inaugurada em 1959, primeira emissora do interior do Brasil. 10 anos depois entrava no ar a TV TIBAGI, de Apucarana, 1969.
As duas emissoras entravam no ar às 17 horas e término das transmissões pouco depois da meia noite, sendo que nos finais de semana encerravam as duas da madrugada. Muita propaganda fez a Tibagi ao anunciar que entraria no ar a partir das 11 horas.
A Televisão era em preto e branco, com poucos ângulos e não tinha vídeo-tape. Uma curiosidade, quando nós íamos visitar familiares em Ponta Grossa, a novela lá, retransmitida pela TV Esplanada (fundada em 1972), estava adiantada em muitos capítulos. Minha saudosa mãe Elza comentava com a irmã dela, saudosa tia Léia, ficando em dúvida em saber tudo adiantado, já que quando voltássemos poderia perder a graça já saber antes o desenrolar da história.
Para ligarmos o televisor tínhamos que pedir autorização à mãe, que, por sua vez, conferia se tínhamos feito dever de casa determinado pela escola. A Tibagi iniciava a programação com o título DESENHO, diversão pura.
Tais emissoras pioneiras estão aí, incluindo as paranaenses, parte da história televisiva do Brasil fundada por Assis Chateaubriand.
Fases de Fazer Frases (I)
É preferível cair no mundo a ter que sentir o mundo cair sobre si.
Fases de Fazer Frases (II)
O que a sina ensina?
Fases de Fazer Frases (III)
O corvo na curva não se curva. É a curva curvada com o corvo sem curva.
Fases de Fazer Frases (IV)
Milagres há. É questão de achá-los para acreditá-los.
Olhos, Vistos do Cotidiano
Como tudo acabou bem para a vítima e péssimo para o agressor, vale a ironia. Ser gordo (palavra obeso é modo leve de citar quem está acima – ou muito – do peso). Dia 17, em Paiçandu, cidade próxima a Maringá, um homem mantinha como refém a própria mulher, ameaçando matá-la com uma faca. Detalhe, ela estava sentada numa cadeira e ele em pé. Devido ao peso da mulher, a cadeira não suportou e quebrou, os dois caíram, e foi aí rapidamente que os policiais entraram em ação, algemando o agressor. Se fosse magrinha… Sou gordo mas não gordofóbico.
Farpas e Ferpas
A culpa é da corda-bamba, mas é a pessoa que não sabe se equilibrar.
Caixa Pós-Tal
Agradeço a todos que se manifestaram a respeito da Coluna anterior, intitulada A GRATA NATUREZA CHORA, BATTILANI. Sem dúvida que as centenas de manifestações não se devem ao texto, mas a grande pessoa que era o Edson Battilani.
Reminiscências em Preto e Branco (I)
Sobre o texto principal de hoje, o empresário Assis Chateaubriand além de fundar a televisão no Brasil foi dono da então maior rede de comunicação do Brasil: jornais, revistas e emissoras de rádio e televisão. A TV Coroados de Londrina foi criada por ele.
Reminiscências em Preto e Branco (II)
A TV Tibagi, hoje sediada em Maringá foi fundada por Paulo Pimentel, ex-governador do Paraná. Ele foi amigo de Chateaubriand. Pimentel denominou o Município de Assis Chateaubriand, homenagem ao jornalista e os colegas de profissão.
Reminiscência em Preto e Branco (III)
Concluído a Coluna de hoje e, fazendo uma pausa para depois revisá-lo, ligo o televisor. Nossa! A televisão atual, nem precisaria afirmar, evoluiu tanto, tantos recursos que parece que a antiga era à lenha, como diz o apresentador Fausto Silva.
Reminiscências em Preto e Branco (IV)
Por ser de válvulas, o televisor colorado RQ, se ficasse muito tempo ligado, esquentava a superfície superior e lá vinha a mãe para desligá-lo, “pra não queimar”.
José Eugênio Maciel | [email protected]