Tiririca e titica

Dito acontecimento arranca também as últimas gargalhadas de seus eleitores, que vingaram, na pessoa do palhaço, das expectativas desmentidas ou rejeitadas que o povo brasileiro sempre mantém em relação aos compatriotas do legislativo.

José Maria Couto-Moreira – jornalista

            Eleito e reeleito, a campanha eleitoral, se você não sabe o que faz um deputado, vote em mim que eu te conto, gracejava o palhaço Tiririca. Discursou por quase seis minutos e pela primeira vez: não será candidato. Mas não relatou o que fez, deixou de fazer nesses quase oito anos de deputado. Nada disse sobre robusta verba pública que usou para viajar e dar espetáculos. Sem projetos ou outras iniciativas parlamentares, afirmou, sem citar fatos e nomes, condenar os políticos, para ele sem virtudes cívicas, e que o povo brasileiro é deixado de lado.

            Anunciar que não concorrerá é oportunismo. Tiririca deveria renunciar. Sem ter trabalhado seriamente, a atividade maior é posar para fotos a pedido de políticos Brasil a fora despreocupados em serem úteis na Brasília. Tiririca segue a usufruir das vantagens do cargo, se valer do dinheiro público a atuar como palhaço deputado/deputado palhaço (piores sentidos duplos de tais termos).

            Foram mais de um milhão e 300 mil paulistas que deram a ele estrondosa votação, grande parte dos votos obtidos movidos pela crítica à classe política, cansados de votar em políticos tradicionais e de eleitores fãs do palhaço.  

            Palhaçada foi dos eleitores com o próprio voto, aliás, por duas vezes! Os paulistas protagonizaram eleitoralmente outra gaiatice quando deram enorme votação ao rinoceronte Cacareco, do Zoológico paulistano (quando tinha-se que escrever na cédula o nome do candidato ou o número). Os cariocas deram a maior votação para o macaco Tião.  

            Sobram motivos para enumerarmos quão é negativo o exercício de mandatos, a frustração com a classe política, haja vista escândalos de corrupção, privilégios, apadrinhamentos. Entretanto, a maneira de agir, expressar a crítica não é nem será a de não levar a sério nossa escolha pelo voto.

            A galhofa gerou lamentável situação, o discurso demagógico e hipócrita do Tiririca, que não fez nada, sem se responsabilizar pelos próprios atos omissivos, ainda parlamentar no gozo do mandato.

            O gozo dele é para gozar do povo, especialmente dos paulistas que votaram nele na maior gozação. Voto chistoso, ou facécia, como escreveu o jornalista  José Maria Couto-Moreira.           

Fases de Fazer Frases

            Nenhuma vida é inteiramente vivida se que outra dela faça parte.

Olhos, Vistos do Cotidiano (I)

            Dia oito, sexta retrasada, o escrevinhador aqui foi surpreendido por dois elogios públicos no mesmo evento, Colégio Estadual de Campo Mourão. O vereador mourãoense Sidnei Jardim (PPS), rememorou o tempo que fizemos parte da administração municipal, da legislatura e por eu ser professor. (Tem mais a este respeito, em Reminiscências em Preto e Branco (II).

Olhos, Vistos do Cotidiano (II)

            O secretário estadual do Esporte e Turismo do Paraná, deputado estadual Douglas Fabrício, também ao usar da palavra na mesma solenidade de anúncio de obras, falou: O professor José Eugênio Maciel é o melhor orador que eu já ouvi, de enorme conhecimento.

            Torno público, bem mais do que o registro, os meus agradecimentos aos dois. 

Caixa Pós-tal

            Não esqueça de contar aquelas boas histórias desta Coluna, frisa José Augusto Pereira. 

Reminiscências em Preto e Branco (I)

            Ao discursar no evento do Colégio Estadual de Campo Mourão, (Olhos, Vistos do Cotidiano I e II), o vice-prefeito Beto Voidelo lembrou ter estudado lá, há 36 anos! Fui do velho pavilhão de madeira que tinha o apelido de 'galinheiro'.  

Reminiscências em Preto e Branco (II)

            Aluno do Estadual (1979 a 1986) o vereador Sidnei Jardim tem outra ligação com o Colégio através do pai dele, Osmar de Souza Jardim, falecido em 2008, funcionário zeloso e popular entre todos os frequentadores do estabelecimento de ensino. Seu Osmar era exemplar cumpridor de deveres, sério, de confiança, meu testemunho é próprio, o conheci à época do movimento estudantil.       

Reminiscências em Preto e Branco (III)

            Esmorecer sem merecer é morrer sem ser.

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Por José Eugênio Maciel | [email protected]