Todo mundo vacinar o mundo todo

“Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro
de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se.”
Johnny Welch

Temas que não podem e não devem sair da pauta de preocupações e possíveis resoluções mundiais, tais como o aquecimento global, a preservação/degradação dos recursos naturais hídricos, fauna e flora, a guerra/paz, a pobreza e demais desigualdades sociais, acesso a políticas públicas, a proteção à vida e à liberdade.

Repita-se e para enfatizar: temas anteriormente mencionados que não podem deixar de integrar a agenda de todos os governantes e dos povos.

Entretanto, é preciso – e impostergável – colocar como prioridade a vacinação de todos, situação que já era premente, segundo os cientistas, antes da nova cêpa. Com o novo vírus, ômicron, ele que facilita a reinfecção, tem 50 mutações e já está presente em todos os continentes, exigindo ações em todos os sentidos para enfrentá-lo e vencer.

Ainda que não componha totalmente a discriminação e preconceito, aliás facilmente identificáveis no que concerne a África, quando foi lá que primeiro se identificou (ou, pelo menos, foram eles que divulgaram), o que está em exposição vulnerável é a baixa vacinação da maioria negra, maioria pobre, da maioria sem perspectiva de vida saudável e ainda podendo abruptamente terminar por não ter acesso à vacina.

“Bolhas”, “redomas”, “muralhas” erguidas pelos países ricos até promovem o isolamento ante aos que nunca ou insuficientemente não estão incluídos no que deveria ser a dita civilização. Porém, mesmo elas, as superpotências, não estão imunes a todo o tipo de vírus.

Se não espontânea, verdadeira ou legítima, a chamada solidariedade tem que existir nem que seja e aja por pragmatismo, conveniência ou algo que o valha, desde que objetive salvar os sem vacinas, por que eles podem – e já são – “pragas do Egito”.

A maioria deles não alcançou sequer 30% da população. Não foi e não é por falta de vontade, condições (em partes) e interesse, pois o que faltou mesmo foi a vacina, compromisso assumido publicamente pelos países ricos, conforme declarou a Organização Mundial da Saúde – OMS, a mesma que apela tal ajuda humanitária.

Se a dose de reforço é uma real necessidade que deveria ser cada vez menos discutível, mais ainda a primeira dose, ainda um grande obstáculo e ameaça, bem em baixo do nariz dos poderosos, dos governos, da política e da economia.

Mais do que constar da pauta, dos encontros de toda ordem, é preciso ação, concreta, eficaz e eficiente, combater o que se alastra com rapidez e intrepidez, a morte anunciada, quando quem pode e deve socorrer, faz de conta que é surdo e cego.

Fases de Fazer Frases (I)
Tempo é ilusão, mas não engana o relógio.

Fases de Fazer Frases (II)
Mentira é ilusão, mas não engana quem diz.

Fases de Fazer Frases (III)
Palavra é ilusão, mas não engana o significado.

Fases de Fazer Frases (IV)
Vida é ilusão, mas não engana a morte.

Fases de Fazer Frases (V)
Abordado. Bordado. Há bordado. Abordo. A bordo. Há bordo.
….Feitas todas as abordagens.

Olhos, Vistos do Cotidiano (I)
“Obras do hospital municipal de Barbosa Ferraz estão a todo vapor”, manchete desta Tribuna, quarta, dia 1º, do jornalista Walter Pereira. Ele usou acertadamente o ditado popular, que é tão antigo quanto atual, oportunidade para rememorar o significado dele, que vem a seguir abrindo o Reminiscências em Preto e Branco.

Olhos, Vistos do Cotidiano (II)
Com o fim da cobrança do pedágio no Paraná, até que concorrência e concessão ocorram, motoristas fizeram principalmente “buzinaço”, evidenciando alívio ante a cobrança. Agora, que acabou, e até quando retornar o pedágio?

Farpas e Ferpas (I)
Quem empurra pepinos seus a outros, pode tê-los de volta com os dos outros.

Farpas e Ferpas (II)
Se tudo já foi dito, então todo o dito é popular

Reminiscências em Preto e Branco (I)
Como observado em Olhos, Vistos do Cotidiano (I) – a respeito do ditado a todo o vapor, a máquina de explosão da pressão, inventada por James Watt, no final do século XIX, fundamental para a Revolução Industrial. O vapor gerador de força, foi usado principalmente nas novas máquinas industriais, locomotivas e nas embarcações marítimas.

Por falar em navios, outra expressão que se espalhou como símbolo elevado de status. Quando uma pessoa embarcava ou regressava “do vapor”, que representava a primeira classe, e uma vez que ainda se tinha embarcações no antigo modo, movimentado por centenas de remadores e com o auxílio do vento, quem tinha condição, enfatizava ao comprar passagens, “quero bilhete no navio a vapor”, sinônimo de primeira classe.

Reminiscências em Preto e Branco (II)
O bloco, preenchido a mão, com cópia entregue do papel de carbono, pelo policial para o usuário, já é uma raridade devido aos radares eletrônicos no trânsito urbano e das rodovias. O registro agora é de imagens cada vez mais nítidas.

Também a corrupção – prática iniciada ou concluída – seja por parte dos motoristas ou dos policiais, também estaria com os dias contados?

José Eugênio Maciel | [email protected]