Em 2021, proteção à fauna e à flora foi prioridade

Meus caros amigos, chegamos à reta final de 2021. Já é hora de olhar para trás e fazer o tão necessário balanço que nos possibilita contabilizar os acertos e enxergar os erros, para não mais repeti-los.

É muito importante ressaltar que, apesar de todas as dificuldades, as ações promovidas este ano pela Secretaria do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo (Sedest) e órgãos vinculados foram reconhecidas por importantes instituições. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) indicou o Paraná como exemplo mundial no desenvolvimento sustentável, devido às práticas voltadas para energia limpa, proteção ambiental e redução de desigualdades. O Estado também assumiu a primeira colocação no quesito sustentabilidade ambiental do Ranking de Competitividade dos Estados, publicado pelo Centro de Liderança Pública.

Dentre essas ações, gostaria de destacar o árduo trabalho de combate ao desmatamento, à caça e à pesca ilegais, por intermédio dos escritórios regionais do IAT e das parceiras firmadas com Batalhões de Polícia, como o Batalhão de Polícia Ambiental-Força Verde e o Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) e com informações sobre áreas desmatadas provenientes da identificação realizada pelo MapBiomas Alerta.

Um exemplo foi a 5ª Operação Mata Atlântica em Pé, promovida em parceira com a Secretaria de Estado de Segurança Pública e o Ministério Público do Paraná, com o objetivo de localizar áreas degradadas e responsabilizar os infratores. Foram identificados 2.200 hectares com danos em 174 diferentes pontos, pelos quais foram aplicados R$ 15 milhões em multas.

Já para proteção da fauna, foram realizadas ações de combate à pesca e caça ilegal e a apreensão de animais mantidos em cativeiro sem autorização ou em más condições. No período de julho de 2020 a julho de 2021, por exemplo, a Força Verde apreendeu 6.161 animais silvestres, dos quais 5.623 aves, 287 mamíferos e 251 répteis e anfíbios.

Para possibilitar a recuperação desses animais, foram estruturados espaços para atendimento da fauna silvestre vitimizada. Foram implantados 4 Centros de Apoio de Fauna Silvestre (Cafs) – em Guarapuava, Londrina, Cascavel e Maringá; e renovada a parceria com a unidade de Curitiba. E ainda inauguramos o Centro de Triagem e Atendimento a Animais Silvestres (Cetas) Campos Gerais, em Ponta Grossa, totalizando 6 unidades distribuídas no Estado para atendimento à fauna silvestre vitimada.

Considerando apenas 2021, os Cafs e Cetas já receberam, triaram, trataram e destinaram 3.879 animais silvestres apreendidos ou resgatados, dos quais 48% foram reabilitados e tiveram seu retorno à natureza mediante solturas mediadas.

Outra parceria firmada para garantir a proteção da fauna e da saúde humana foi o edital do Programa de Pesquisa aplicada à Saúde Única do Governo do Paraná. Essa foi uma iniciativa inédita no País, desenvolvida em parceria com a Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e viabilizada pela Fundação Araucária. O resultado do edital foi publicado em 2021, e houve a destinação de cerca de R$ 1 milhão para sete projetos de pesquisa das áreas saúde animal, humana e ambiental.

Assim, podemos assegurar, com toda ênfase, que em 2021 a proteção à flora e à fauna foi uma prioridade no governo Ratinho Junior.

Na próxima coluna, trago a vocês outras realizações deste ano na área do desenvolvimento sustentável. É importante que toda a sociedade paranaense tenha conhecimento.

Marcio Nunes é secretário do Desenvolvimento Sustentável e do Turismo do Estado do Paraná