A imprensa de novo!
Estava demorando! A imprensa segundo o presidente da Central Única (?) dos Trabalhadores (CUT), é a co-responsável pelo golpe que se tentou dar em 2005, para derrubar o presidente Lula. O mensalão segundo Artur Henrique, não existiu. A afirmação até poderia ser considerada, pretexto para uma reflexão, não fora o fato de estar a seu lado ninguém menos que o principal envolvido naquele episódio que se não derrubou, pelo menos enodoou o mandato do presidente Lula: José Dirceu. O mensalão, como todos se lembram, foi denunciado por Roberto Jefferson, presidente do PTB e até aquele momento, figura de proa na defesa do governo; até que um seu indicado para os Correios, fosse apanhado com a boca na botija. A imprensa realmente fez a sua parte acompanhando todos os acontecimentos que se sucederam, até culminar na queda do ministro Chefe da Casa Civil e a cassação de seu mandato de deputado federal, ao lado do denunciante. Depois disso deixou Zé Dirceu em paz, realizando os lobbies empresariais junto aos governos petistas (federal e estaduais) que certamente lhe podem ter produzido uma fortuna maior que a amealhada por Antônio Palocci. A coincidência da presença do Zé nessa reunião da CUT em que se tornou estrela, posando para fotos, é a continuidade do trabalho que vem fazendo para desmoralizar o julgamento a que ele e mais outros 37 estarão sendo submetidos no STF, segundo se espera, à partir de 2 de agosto. A mesma estratégia foi usada por ele, cerca de um mês atrás, para pedir apoio aos movimentos sociais;que o defendessem nas ruas contra o monopólio da mídia para condená-los. Se a intuição do colunista não falha, um erro de avaliação: quanto mais pressão ele e até Lula fazem, mais os ministros do STF ficam vigiados pela população que acompanha suas decisões.
Nenhuma semelhança
Um detalhe curioso está sendo incluído na defesa que petistas do nível de Lula, ultimamente recolhido a oportuno silêncio, tentam incluir na defesa dos mensaleiros, no caso Zé Dirceu e o readmitido petista Delúbio Soares, antes expulso do partido: uma possível semelhança no julgamento (golpe na avaliação deles) que derrubou Fernando Lugo no Paraguai e uma possível tentava de derrubar Lula em 2005, como citado acima.
Comparação
Se bem considerado, a pressão que levou Collor à renúncia foi muito maior que a sofrida por Lula. Embora o Fiat Elba da denúncia a Collor não tivesse a mesma importância que os milhões movimentados pelo publicitário Marcos Valério, personagem sinistro na manipulação dos recursos que o escândalo proveu. No caso de Collor prevaleceu a ação de seu angariador de fundos, o notório PC Farias.
Divulgação suspensa
Uma decisão de juiz federal de Brasília, mesmo que em caráter liminar, atendendo a ação movida pela Confederação dos Servidores Públicos do Brasil, paralisou as publicações de folhas de pagamentos na Internet. Assim a determinação do CNJ para que o TJ-PR divulgasse salários e vantagens de seus funcionários, continuou suspensa. A União, em defesa da Lei de Acesso a Informações Públicas deve recorrer ao STF que anteriormente já publicava a folha de seus servidores.
Fora do trilho
As coisas não estão ocorrendo como o governo previa. A primeira etapa do plano Brasil Maior, que desonerou folhas de pagamento, entre outras medidas que beneficiaram vários setores industriais, não correspondeu totalmente na criação de novos empregos. Com a aprovação da segunda etapa do plano, aprovada na Câmara, a expectativa é que a produção industrial volte a crescer.
Em choque
O setor que deu a melhor resposta aos estímulos do governo foi a indústria automobilística. Ao custo de R$ 26 bilhões de desonerações, gerou 27,7 mil empregos. Praticamente R$ 1 milhão por emprego criado. Na primeira dificuldade tais empregos podem ir para o espaço.
