Aceitação difícil

A opinião pública se divide. Há os que defendem o direito de estudantes universitários produzirem a confusão que os de Letras promoveram na melhor Universidade pública do país, a USP, contrários à manutenção da segurança no campus pela Polícia Militar de São Paulo. Isso depois de assaltos, estupros e até morte terem ocorrido no local, vigiado apenas por segurança particular bancada pela Universidade. O depoimento da mãe do universitário morto deveria ser respeitado por eles. Concluíram os predadores que, vigilância  dura, para universitários que se acham acima do bem e do mal, não seria aceitável. Afinal eles entraram por mérito na Universidade, após terem enfrentado um rigoroso vestibular. Uma grande parte, após a vivência em escolas particulares, caros cursinhos, disputando em absoluta desigualdade com os que vieram de escolas públicas. Com um adendo: boa parte entrando em Letras, por não ter alcançado média em cursos mais concorridos, tentando na seqüência serem transferidos para a faculdade de suas preferências. Sempre pode aparecer nesse meio tempo, tratando-se de universidade pública, um reconhecimento a seu QI: Quem indica. Situação que, se comparada a outros setores, significaria na carreira Judiciária, filhos de excelências, entrarem como assistentes, aguardando a oportunidade de realizar um concurso que os ascendesse à Magistratura. Não por acaso um bom número desses jovens predadores,  freqüentando  aulas em carros modernos, enquanto os cursos que lhes são ministrados, gratuitos. Bancados pela viúva paulistana.  Mesmo respeitando a impulsividade da juventude que todos nós vivemos, os sonhos que ficaram para trás e  a conivência que a maturidade por vezes nos impõe, é difícil aceitar essa situação.

 

Mais do…

A vivência na administração pública, ocupando cargos, antes de assumir definitivamente o jornalismo, por vezes conduz o colunista à crítica fácil. Caso de agora quando não se aceita um governo em fase iniciante, carregado de esperanças ao susbstituir outro criticado pela arrogância, insistir na votação de um projeto reconhecidamente falho, apenas para mostrar poder.

 

…mesmo

Se, como reconheceu o líder Ademar Traiano, houve falhas na digitação dos números, mais aceitável seria a retirada, correção e posterior retorno, que obrigar 38 companheiros a votarem no escuro, sem a certeza de que as correções serão satisfatórias. Mais do mesmo!

 

STJ à vista

A escolha da desembargadora gaúcha Rosa Maria Weber Candiota (nepotismo regionalista), para a cadeira antes ocupada pela ministra Ellen Gracie, primeira mulher a ocupar o cargo de Ministra do STF, pode abrir espaço para que um paranaense seja guindado ao STJ. São dois nomes do Paraná na lista tríplice levada à presidente (gaúcha)  Dilma Rousseff.

 

Reconhecimento nacional

Para quem conheceu o jovem e pobre acadêmico, René Dotti, em sua luta para ascender na carreira, vê-lo ontem receber o reconhecimento de um país inteiro pelo seu conceito como jurista  (50 anos de dedicação ao Direito), foi uma alegria. Desde aquele início dos anos 60, o colunista vibra com os méritos do amigo. Uma vida absolutamente contrastante com as críticas feitas no comentário inicial desta coluna a outros acadêmicos.

 

Agito nacional

O cenário nacional se agita. Deputados da base, descontentes com o não cumprimento da liberação de emendas,  previsto para outubro (à vésperas da votação da DRU sonhada pelo governo – 20% do orçamento liberado aleatoriamente), ameaçam operação padrão como se sindicalistas fossem.

 

Em choque

Ao revés: centrais sindicais que pelas regras não podem receber dinheiro público, privilegiadas pelo Fundo de Amparo ao Trabalhador – FAT (que ironia!), vêem com preocupação a possibilidade de mudança no Ministério do Trabalho. Ao Paraná a oportunidade de ver Osmar Dias guindado ao Ministério da Agricultura