Aposta de risco

De altíssimo risco! Entre os problemas que Lula deixou para sua sucessora no Planalto, um deles que foi comemorado com fogos e bumbos, pode se transformar em pesadelo. Refere-se à Copa do Mundo que o Brasil sediará em 2014. Com as exigências da FIFA e a necessidade de Ricardo Teixeira, um dirigente que se eternizou no comando da CBF, de atender politicamente a todas as regiões deste país-continente, as obras foram pulverizadas por todos os cantos.Concentram-se em 12 localidades e adjacências os investimentos, com recursos retirados do que iria para outras áreas. Essa é a constatação nua e crua! A FIFA e a CBF  exigem os investimentos, saiam eles de onde saírem e ficam com a contra-partida: os milionários patrocínios dos jogos. As responsabilidades são dos governos. É só dar um passeio pelo mundo e constatar que os que se endividaram há pouco tempo para promover  Olimpíadas, hoje passam dificuldades. A Grécia é o exemplo mais gritante. Mas a Espanha também vive problemas. Será apenas conseqüência dos gastos excessivos com os Jogos? Não! Eles apenas complementaram o quadro de dificuldades. Por aqui, com as liberalizações com que se procura burlar as burocráticas exigências para obras, ninguém sabe o que pode acontecer. O fato palpável é: se ocorrem burlas com as exigências atuais, a tendência é o acerto de contas em julho ou agosto de 2104, ser assustador. Pior ainda se a seleção, que atualmente não entusiasma ninguém, tiver sido derrotada em julho. O resultado do mau humor que tomará conta do fanático torcedor brasileiro, nesta altura provavelmente já informado do alto custo das obras (algumas inacabadas), poderá vir em outubro na eleição. Se não provocar manifestações como as que se costuma ver à saída dos Atletibas em Curitiba, com os vândalos à solta.

 

Pessimismo crônico

Leitores cobram o pessimismo na avalia das ações do governo. A função do jornalista é estressante pelo fato de ter acesso a todas as  informações. Divulgando quase sempre más novas; as boas são reservadas aos veículos que comprometidos com as verbas governamentais, se obrigam a fechar os olhos e os ouvidos para as malfeitorias oficiais.

 

Exibindo ações e…

Entrevista dada pelo articulado secretário de Segurança,  Reinaldo de Almeida César à  Band News – Curitiba, acena com medidas já tomadas e outras em andamento visando minorar os efeitos de contrabando de armas e drogas pelas  fronteiras do Paraná com o Paraguai. Não omitiu o que ocorre entre   Mato Grosso do Sul, com Bolívia. Destaque para o entrosamento que persegue, de todas as áreas repressivas que atuam na região: federais e  estadual.

 

…menos conversa

Pela sua origem de delegado da PF, Reinaldo, embora filho de político, jura de pés juntos que não tem ambições políticas; não fugiu ao tema criação do Batalhão de Fronteiras em Mal. Cândido Rondon. Evitando a conotação política da criação dessa força tarefa na cidade do oeste, não deixou de reconhecer que se deveu a um projeto do deputado Elio Rusch em 1998, transformado em lei, que os governadores da época, Lerner e Requião não obedeceram.

 

Outras ações

Cascavel e Santo Antônio do Sudoeste serão igualmente contempladas com medidas visando o mesmo objetivo: a redução do contrabando na região, principalmente pelo lago de Itaipu e pelas fronteiras secas. Lá em cima, em Albuquerque (MS), o contrabando é escandaloso.

 

Em choque

Merece festa o início das obras de duplicação da BR-277, no trecho entre Medianeira e Matelândia. São apenas 14 quilômetros onde centenas de vida já foram ceifadas. O que se espera é que os demais trechos ligando Cascavel a Foz, cada vez mais freqüentada, entre nas preocupações do atual governo de Beto Richa. Um sonho que o falecido Affonso Camargo Neto, no pouco tempo que ocupou o Ministério do Transporte (governo Sarney), não conseguiu realizar.