“Como tá boa a Copa”
Alguns episódios da frustrante Copa das Copas para os brasileiros, passam a ser relatados pelos comentaristas que antes só tinham olhos para a seleção brasileira. Tanto destaque tiveram os jogadores selecionados por Felipão que se imaginava, aquela frase profética do treinador brasileiro dita dias antes de começar o certame, iria se realizar: O Brasil tem a obrigação de ganhar esta Copa. Os jogos seguintes ao 3 x1 contra a Croácia, jogo ganho em circunstâncias especiais, já estavam a indicar que a nossa não era a melhor seleção. O crescente entusiasmo do público que ia na contramão da realidade, encheu o país de esperança. Até o fatídico jogo contra a que na ordem, era realmente a melhor. Sem colocar apenas em cima de um ou dois craques, como o fizeram Brasil e Argentina, a responsabilidade de carregar os times nas costas, ao enfrentar um grupo organizado que aprendeu com os erros de outras disputas, que futebol é um esporte coletivo, sucumbiram. Um dos destaques da Copa foi quem a trouxe para o Brasil: o ex-presidente Lula que, face as manifestações preliminares, resolveu não aparecer. Deixou à companheira Dilma a responsabilidade de enfrentar as vaias da torcida. Sua única referência a ela está nas mídias sociais, fazendo sucesso. Feita em meio ao discurso de apoio à candidatura de Gleisi Hoffmann: Como tá boa a Copa do Mundo, gente do céu acrescida de palavras impublicáveis. Uma lição de português castiço! Digna de entrar para as provas do Enem.
A necessidade obriga!
Com quase metade das obras do PAC 2 no Paraná sem sequer terem sido licitadas, segundo o relatório do próprio governo federal, já se fala em PAC 3 para ser lançado em agosto. Com um leve sabor de projeto eleitoreiro.
Continua a manifestação dos leitores sobre o auxílio-moradia auto atribuído pelo Tribunal de Justiça do Paraná a seus membros, logo seguido pelo Ministério Público. Informações que vazam para a opinião pública, como a que afirma ser maior o auxílio que o salário de 33% dos servidores públicos do Estado, incluindo os professores que no estágio inicial, depois de concursados recebem R$ 1,6 mil, incluída a verba do vale-transporte, causam realmente mal-estar. Em outras áreas fundamentais como educação e segurança, o valor do auxílio-moradia causa inveja!
Trem descarrilhado
Alguns temas anunciados pelo atual governo federal, certamente serão explorados na campanha pelos opositores. Caso do trem-bala anunciado em 2008 pela então ministra Dilma Rousseff. Previsto para estar pronto para a Copa, ao preço de R$ 18 bilhões, nem licitado ainda foi. Se insistirem nessa obra o governo desembolsará hoje R$ 50 bilhões.
Sonho de verão
Esse anúncio como outros que empolgaram o país, não se concretizaram. Um exemplo: os R$ 12 bilhões que a chinesa Foxconn investiria num complexo industrial que geraria 100 mil empregos, 20 mil dos quais só para engenheiros. O Brasil entusiasmava investidores, anunciou-se. Produziria aqui, telas de LCD, sensíveis a toque, IPads e outros. As fábricas de pequeno e médio porte da empresa em Jundiaí (SP), montam tais equipamentos ainda hoje com componentes importados. A Foxxconn nunca confirmou o investimento.
Campanha morna
A campanha política em todos os níveis federal e estaduais já começa a ganhar as ruas. Embora de maneira tímida. O momento é de cata de recursos para enfrentar uma das mais caras campanhas do mundo: nisso somos campeões. A expectativa maior dos candidatos em poderem levar suas propostas, até agora ignoradas, é com a chegada do horário eleitoral nas rádios e principalmente, tevês, no final de agosto. Para onde os maiores investimentos serão canalizados. A valer a nova legislação sobre doação de campanha, embora sem validade nesta eleição, não será fácil obter recursos.
