Dia D

A quarta-feira pode ser considerada, o Dia D da Justiça. Ao invés de defender mudanças na ascensão das carreiras, eliminando a influência maléfica da política, incluindo aí o poder de governadores e presidentes de escolherem a dedo, conforme o interesse dos partidos de plantão no comando de estados e da Nação os responsáveis pelos mais altos níveis da magistratura, defendidos por associações de classe, também sujeitas a tais influências, entram no jogo de tentar reduzir poderes de setores que têm demonstrado interesse em contribuir para a moralização dessa que talvez seja a mais importante arma da democracia, na medida em que deve zelar pela sua liberdade e continuidade. O julgamento pelo STF sobre os poderes dados ao Conselho Nacional de Justiça, um órgão de controle externo do Poder  Judiciário que se liberado há mais tempo não teria permitido situações como a que atingiu o juiz Lalau, em termos desmoralizantes para a classe de juizes, desembargadores e ministros de tribunais superiores,  a ponto de hoje a magistratura estar competindo com os políticos em avaliação negativa, é um momento preocupante. Tempos existiram em que tais autoridades eram tidas como acima de qualquer suspeita. Talvez por isso e pela carapaça em que  se envolveram, criando uma manta hoje denominada corporativismo, auto-defesa existente em quase todas as profissões, não entenderam que os tempos eram outros. Até por que a própria imprensa, antes cooptada pelos recursos advindos dos poderes públicos, resolveu, com a consolidação da democracia, assumir seu papel investigativo. Não por acaso, aqui, na Argentina, Bolívia, Equador e Venezuela, para só citar países sul-americanos a dita liberdade, apanágio dessa categoria, começa a incomodar.

Fator negativo
O pequeno e maltratado litoral paranaense, ainda assim bastante prestigiado, convive agora com novo problema: o surto de águas-vivas que incomodam  os banhistas tal a quantidade com que elas se apresentam. Sem controle e sem explicações de especialistas. Talvez fruto de poluição.

Transparência real
A proposta do Tribunal de Contas de abrir aos paranaenses na Internet as informações sobre todos os órgãos, esbarra no seu  próprio corporativismo. Se abertas as suas informações, não será difícil encontrar sobrenomes de pessoas que já ocuparam cargos importantes no Estado. A menos que já tenham sido alcançadas pelas aposentadorias. Aí os dados precisam aparecer na Paranaprevidência.

Mudanças de…
A enorme capacidade do PT em dominar os espaços administrativos dos governos, coloca em brios o seu natural opositor: o PSDB. Percebem os tucanos que sem uma ação vigorosa jamais recuperarão o poder, até por que seus últimos bastiões, como a prefeitura e governo de São Paulo, começam a ser atacados.

…ações
Daí a necessidade sentida pelas lideranças tucanas de mudar seus métodos, especialmente abandonando as disputas internas sem rendimento, baseando-se no modelo americano agora explicitado pelo Partido Republicano com as primárias. Como lembra Álvaro Dias, secundado por  Beto Richa: depois de uma disputa às claras os derrotados não terão direito de fazer corpo mole numa campanha.

Vida nova
As reiteradas dificuldades vividas pelo Enem, desde sua implantação com o objetivo de ser o mais democrático meio de acesso às universidades federais, têm retirado muito da credibilidade inicial do projeto. Cabe agora ao novo ministro de Educação, Aloísio Mercadante provar que não basta apenas substituir os executores atuais do programa.

Em choque
A tentativa de seguir as pegadas de seu antecessor na política internacional, embora seu estilo diferenciado já demonstrado no trato com o Irã, pode agradar à esquerda mas não se sustenta. A uma presidente que já vivenciou os horrores de uma ditadura, não convence a cordialidade com que trata líderes ditatoriais como os irmãos Castro.