Dias melhores virão

Os que conhecem a realidade brasileira, com sua tendência de empurrar problemas sérios para baixo do tapete, ou colocar investigações que envolvem figuras tidas como de destaque no famoso “sigilo”, mais das vezes nunca mais se sabendo de seus desdobramentos, veem agora com esperança, mudança de métodos através a Operação Lava-Jato. Exemplo inclusive para os próprios Judiciário e Ministério Público que, muitas vezes incursionaram por práticas menos transparentes. Da Polícia Federal, assim como em nível estadual do Gaeco, tem-se obtido boas referências em suas ações. Lamentavelmente não é a norma quando se trata de outros segmentos que deveriam promover a segurança do cidadão, fazendo com que esta coluna se alinhe entre os que veem a necessidade de reformulação no sistema policial. Inclusive a unificação de duas entidades estaduais que mais cuidam de suas reivindicações corporativas e no cultivo de uma nada saudável hostilidade entre elas, que do objetivo para os quais foram criadas. Essa dissertação remete à esperança que tomou conta dos brasileiros, no acompanhamento dessa triste situação, agora desnudada, envolvendo a Petrobras, até então considerada a uma estatal brasileira digna de ser defendida. Esperança de que seu reflexo se estenda a outras áreas em que o serviço público se faz presente, com descrédito sobre a honestidade com que as atividades são exercidas. A ponto de permitir ao agora ministro Afif Domingos, cunhar a frase que esta coluna frequentemente repete: “A burocracia no Brasil, cria dificuldades para vender facilidades”. Verdade insofismável que se espera, à partir dos resultados que a Operação Lava-Jato venha ainda a produzir, passe a ser apenas uma mancha no passado deste país,  que o futuro se encarregue de enterrar.  Sonhar é preciso, embora reconhecendo que práticas como as agora delatadas, não desaparecem por encanto!

O homem…

Fernando Fontana, na condição de familiar do interventor Manoel Ribas, acaba de concluir um livro que resgata a memória desse gaúcho que durante o período Vargas, mandou no Paraná como Interventor. A informação é do sempre bem informado Aroldo Murá, ele próprio registro vivo das biografias de personalidades que este Paraná,em sua maioria  pouco reverencia,  através sua série de livros Vozes do Paraná. O livro de Fontana, “Manoel Ribas, o homem, a obra e o mito” vai lançar luzes sobre uma personalidade fascinante da qual quase sóse conhece “o mito”.

…o mito

Personagem do folclore paranaense por seu estilo avesso a “salamaleques”, como uma das estórias de meu livro sobre folclore político em que registro uma ida de Manoel Ribas a Castro, onde ainda hoje a família mantém a fazenda Nho Aíva. Homenageado, contra a vontade em jantar faustoso, quando o orador encarregado de saudá-lo puxou um “calhamaço” de papeis do bolso, seo Ribas indagou: “O senhor trouxe o discurso escrito”! “Sim Excelência” afirmou o quase orador. “Então me dá aqui que eu leio em casa”.

Obras oportunas

A assinatura da ordem de serviço para a construção de unidades do Sesc e do Senac, em São José dos Pinhais, convênio entre a prefeitura municipal (prefeito Setim) e o Sistema Fecomércio  (Darci Piana) vai criar a oportunidade para 1,2 pessoas por dia frequentarem seus treinamentos em diversas áreas. Uma oportuna contribuição ao mercado cada vez mais necessitado de profissionais qualificados, num município em grande  expansão comercial e industrial.

Disputas desgastantes

Em paralelo, duas situações que irão criar melindres ao governador Beto Richa e ao prefeito curitibano, Gustavo Fruet. Em dezembro ocorre a eleição de presidente da Câmara.  Cargo disputado pelo líder do governo, vereador Pedro Paulo (PT) e Pastor Valdemir, de sua base de apoio. Com dois outros vereadores esperando “o circo pegar fogo”, criando oportunidade para o “tertius”. Em janeiro,na Assembleia, o líder do governo Ademar Traiano, o 1º Secretário, Plauto Miró, preterido em disputa recente em favor da complicada escolha de Fábio Camargo para o TC, e o grupo de Ratinho Jr., todos com pretensão à presidência da Casa de Leis.