Dinheiro à beça

Muita discussão ainda o aumento proposto pelo governo do Estado para as taxas  do Detran, vai propiciar. Os números apontam para valores extraordinários. Nada a reclamar, na medida em que se trata de um órgão necessário para atender a uma demanda cada vez maior de veículos que circulam no Paraná, não fora, entre  suas atribuições, campanhas que deveriam ser permanentes na medida em que um trânsito cada dia mais complicado. Mereceria orientações mais assíduas, lembrando aos motoristas as exigências legais. No entanto essa parte, a não ser nas escolas segundo informações do órgão, é omitida. Em salas de aula,  precariamente,  por falta de estrutura capaz de atender toda a rede de ensino estadual. Nos veículos de comunicação, quase nada. No entanto, o que sobra em recursos, depois de cobrir a que parece caríssima estrutura do órgão (arrecadação menos o que é repassado ao caixa estadual), é aplicado em outros segmentos. Agora, anuncia-se, em segurança e infraestrutura. A pergunta que cabe: segurança do trânsito que mereceria campanhas permanentes está incluída, ou, só a multa tem caráter educativo? Pelo que se via em Curitiba, com multas aos borbotões antes da decisão do TJ que proibiu a prática pela Urbs, por sinal deixando o trânsito mais caótico há que se reconhecer, parece que sim!O fato é que de uma arrecadação inicial prevista no Orçamento em discussão na Assembleia em R$ 476,9 milhões, o Detran passará a arrecadar  R$ 628,3 milhões. Dinheiro para ninguém botar defeito! A menos que a oposição, inconformada, (antes também sobrava dinheiro e era bem vindo!), consiga viabilizar na   Justiça o que hoje não passa de ameaça:  evitar o que  chama de tarifaço.

 

Sem sossego

Vira e mexe alguém do governo lembra a saga  do ministro do Trabalho, Carlos Lupi. Agora foi o ministro-chefe (o que dá de ministro e chefe neste governo!) da Secretaria-Geral da Presidência, o paranaense Gilberto Carvalho. Também o sisudo vice-presidente Michel Temer, num inesperado momento de humor, brincou com a frase de Lupi: Vale o eu te amo, presidenta.

 

Mudança aceitável

Um aspecto do parecer do ministro Luiz Fux sobre o Ficha Limpa (com vistas pedidas pelo ministro Joaquim Roriz e sem prazo para ser votado), pode ser revisto por ele. O que é permitido! Pode mudar o entendimento de que quem renunciou para evitar a perda do mandato pode se habilitar à eleição seguinte. De fato, esse entendimento, deixaria tudo como está.

 

Reserva para 2014

A afirmação do ministro Paulo Bernardo de que sua esposa, a também ministra Chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffman não disputará a eleição municipal de Curitiba, era desnecessária. Não teria cabimento deixar o importante cargo que ocupa (importantíssimo para o Paraná, na medida em que tem apoiado reivindicações do Estado), inclusive por ter sido eleito senadora pelo estado. Gleisi é o grande nome  do PT para 2014.

 

Surpresa

Uma agradável surpresa a atuação do jovem (antes desconhecido) suplente que assumiu a vaga de Gleisi Hoffmann, no Senado: Sérgio Souza (PMDB). Tem mostrado mais serviço em favor do Paraná que o seu veterano companheiro de partido.

 

FOLCLORE POLÍTICO

Uma frase usada em coluna desta semana, depois do arroubo de maxismo do ministro Lupi, quem fala demais dá bom-dia pra cavalo!, cabe em outras oportunidades. Especialmente em campanhas políticas onde slogans ganham força. Quem da melhor idade (queria saber quem foi o cretino que inventou essa expressão!) não se lembra do varre, varre, vassourinha da campanha de Jânio Quadros à presidência? Pois um que foi varrido da política paranaense, Haroldo Leon Peres, em 1962, disputando contra o jovem advogado Túlio Vargas uma vaga na Assembleia, negou-se a participar de um debate: Não debato com peixe miúdo. Afirmação suficiente para criar o slogan de Túlio. É o lambari contra o tubarão. Ambos foram eleitos.