Falsa premissa
Se como reza a voz do povo de boa intenção o inferno está cheio, não bastou só o interesse do governo em conceder facilidades a jovens que queiram cursar universidades que não sejam públicas, para transformar o Fies (Financiamento ao Estudante do Ensino Superior) num sucesso total. Até agora não alcançou o objetivo de atender 200 mil alunos por ano. Por várias razões, inclusive pela falta de conhecimento dos alunos. Por parte das faculdades privadas há restrição ao pagamento feito pelo MEC sob a forma de títulos públicos e por atraso no pagamento. Assim, em 2010, do R$ 1,71 bilhão de que o Ministério dispunha para o programa, somente 875 milhões foram aplicados. O curioso é que o governo que tenta resolver quase todos os problemas da área econômica, com por exemplo a isenção do IPI e aumento dos limites de financiamento para sanar a crise que se esboçava no setor automobilístico, e agora na linha branca dos eletrodomésticos, não se lembra de um fator importantíssimo. Que pode inclusive ser um dos responsáveis pelo aparente desinteresse de estudantes, em primeiro, segundo e terceiro graus: o custo do material escolar sobre o qual incidem quase 50% de impostos em todos os níveis: federal, estaduais e municipais. Para um país que se afirma comprometido com a educação, um enorme contra-senso. Uma falsa premissa! Se é verdade que houve uma melhora na situação financeira do brasileiro de modo geral, também é verdade que tal melhora sequer acompanha o preço da anuidade escolar. Resta aos menos abonados o recurso da escola pública, nem sempre disponível na distância, quantidade e qualidade necessárias. E sem uma base sólida não adiantam cotas para negros, indígenas e outras categorias que não terão condição de acompanhar o nível do ensino universitário.
Fraude dos …
O ano começa prometendo moralização num setor importante para os motoristas paranaenses. A descoberta de fraude contumaz praticada, até onde se sabe hoje, por uma empresa já identificada, especializada em modificar as bombas dos postos em prejuízos dos usuários, não ficará barato.
…combustíveis
A garantia é dada pelo presidente do Sindicombustíveis, Roberto Fregoneze, que acompanha os trabalhos do Ministério Público em relação ao assunto. O dono da empresa promotora da burla está preso e se nenhum hábeas corpus for concedido até hoje (prisão provisória) continuará atrás das grades. Para Fregoneze, a identificação dos postos fraudadores interessa a toda a categoria que age com seriedade.
Emergência
Os prejuízos causados pela seca que atinge especialmente o oeste e sudoeste do Paraná, só não são maiores por não terem sido usadas variedades precoces de soja, em todo o plantio de verão. As chuvas recentes estimulam a previsões pouco mais otimistas. Para fazer frente às dificuldades o governo do estado decretou situação de emergência em 137 municípios. Isso facilitará a liberação de recursos para socorrer emergencialmente às comunidades afetadas pela seca.
Sem dinheiro novo
A sanção pela presidente Dilma da lei que estabelece gastos mínimos de estados e municípios em saúde (12 e 15% respectivamente) não agradou governadores e prefeitos. Para o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin não haverá dinheiro novo para a saúde. Já o presidente da Confederação Nacional dos Municípios, Paulo Ziulkoski pegou pesado: A questão da saúde não é prioridade para o governo, nem para os parlamentares.
Em choque
Um dos vetos da presidente à lei, que permite ao governo aplicar menos dinheiro na saúde, foi duramente criticado pela oposição. Mais uma vez o governo foge de suas responsabilidades e joga o peso das contas da saúde nas costas de estados e municípios, afirma o líder do PSDB, deputado Duarte Nogueira. Para o contribuinte uma boa notícia: a CPMF parece ter sido enterrada de vez.
