Futuro preocupante

O que está em jogo, a persistirem as tentativas do ex-presidente Lula e do ex-Secretário de Comunicação da Presidência,  Franklin Martins, de “enquadrarem a imprensa”, e o contraditório, que livres se constituem  nas bases da democracia, se o resultado de domingo beneficiar a sua protegida, é o próprio regime arduamente conquistado, depois de um hiato desgastante que durou 21 anos. Enquanto o ambiente político brasileiro estiver solapado por gente que se intitula “salvadora da Pátria”, quando em realidade manipula os mais necessitados, com aval de gente que se beneficia do quanto pior, melhor, nosso regime estará em perigo. Em realidade o que fazem, numa administração populista, é tirar com a direita, fartamente, e dar misérias com a esquerda!  A grande virtude da democracia, embora a que se pratica no Brasil esteja longe da perfeição, é ser aberta à sociedade. Regimes como o da Venezuela,por exemplo, que se elogia por aqui, em que eleições também são realizadas, a cada uma foram-se criando feridas cada vez mais difíceis de serem cicatrizadas. Até chegar ao estágio atual: uma democracia de fachada! O mesmo ocorre na Argentina onde a disputa do governo com a imprensa é cada vez mais frequente, radicalizando contra os que  criticam Cristina Kirchner. É esse o horizonte do Brasil, a continuar o “nós contra eles” preconizado por Lula. Nem se venha com o argumento surrado de que “eles” combateram a “revolução”. Não em busca de uma democracia como a que hoje deve ser aperfeiçoada; buscavam uma ditadura de esquerda. Substituiriam “o roto pelo rasgado”. Há que se cuidar com o presente, para evitar um futuro incerto e desgastante. Esta campanha, pela intensidade crítica, tem tudo para deixar cicatrizes. Há que haver sabedoria para curá-las!

Menos, João Santana!

Enquanto na campanha oficial, tudo vai bem no melhor dos mundos (teoria do Pangloss, do Voltaire), na dia-a-dia as coisas não são bem assim. Inflação que insiste em não concordar com os que afirmam, ser sazonal; serviços, como os de agosto, com o pior desempenho de 2012; Brasil em 61º lugar, entre os 81 avaliados em “inovação”; construção civil com índice preocupante de desempregos; para só citar alguns!

Antes tarde…

Por aqui, finalmente o governo estadual toma medidas para conter a avalanche de rebeliões nos presídios. Embora ainda dependa de votação na Assembleia, algumas medidas, entre elas a mais importante: não negociar com prisioneiros que promovem baderna para conseguir transferência para outros presídios. Outras, como obrigar as prestadoras de serviços de telefonia celular de bloquear o entorno dos presídios, certamente trarão resultados positivos.

Dificuldades crescentes

Uma certeza se tem: enquanto o Tribunal de Contas do Paraná, movimenta suas assessorias para aumentar a burocracia a ser cumprida pelas prefeituras, algumas das quais, sem gente qualificada para atender às exigências crescentes,240 das 399 estão “no vermelho”, sem poderem obter a certidão negativa. E sem certidão não há acesso possível a um grande número de repasses estaduais e federais, importantes para a prestação de serviços básicos.  Ou se reduz a burocracia ou se retorna municípios sem condições,à condição de distritos. O que é inaceitável, mas como está não dá para ficar!

No bar

Uma medida inteligente tomada por proprietários de bares de grande frequência noturna em Curitiba: com o interesse despertado pelo debate de sexta-feira, na Globo, vão instalar telões para que a clientela assista ao importante evento. Mesmo com a certeza de que, a transmissão servirá apenas para estimular a conversa entre os clientes, pouca influência tendo sobre eles, pelo menos mantém normal o movimento diário.

Doleiro desmente

O depoimento do doleiro Alberto Youssef, desmentindo seu assessor anteriormente ouvido pelo juiz Sérgio Moro, que afirmara ter Youssef pago R$ 10 milhões ao ex-presidente do PSDB, senador  Sérgio Guerra, já falecido, para evitar a primeira tentativa de CPI da Petrobras, deve provocar  forte manifestação  da campanha oposicionista. Já tinha deputado do PT querendo convocar inclusive o senador Álvaro Dias, de Londrina. “Só se for para denunciar a corrupção na Petrobras, coisa que já faço desde 2009”, afirmou Álvaro Dias.