Gastos absurdos
Um dos males do sistema eleitoral que se pratica no Brasil é a repetição de eleições de dois em dois anos. Além do custo absurdo pela mobilização da própria Justiça Eleitoral, incluindo-se aí os horários eleitorais ditos gratuitos mas que na realidade são pagos pelo contribuinte, na medida em que as emissoras de rádio e TV creditam-se das horas oferecidas a preço de tabela; mais os recursos aplicados por partidos e a paralisação dos serviços públicos, meses antes e depois dos pleitos, com os governos passando a só raciocinar em termos eleitorais. Haja vista o que se está pagando hoje pela obras que habilitam o Brasil a sediar a sequência de jogos de 2013, 2014 e 2016. Esforço feito pelo governo Lula para garantir vitórias eleitorais. É de se lembrar a explosão de felicidade de Lula e seus acompanhantes, durante os sorteios para tais jogos. Depois disso, bilhões estão sendo investidos em estruturas implantadas em capitais em que o estádio construído virará um elefante branco. Que importa! Até lá muitos já não estarão mais no poder mas usufruindo os benefícios obtidos através tais obras, ou este país não teria a corrupção como um de seus algozes. Enquanto isso ocorre os jornais noticiam as dificuldades que uma super safra como a que está sendo colhida representará. Novas áreas abertas para a soja, o milho, identificando o drama que o transporte desses produtos representará por essas novas áreas sem estradas, aos portos sem estrutura. Esses heróis que garantem a balança de pagamentos do país com suas exportações, não vêem os mesmos bilhões dos estádios, serem gastos na infraestrutura brasileira. Pior. A imensa maioria só verá os jogos pelas TVs. Se tanto!
Quem dá mais!
A 14 meses da definição de candidaturas pelas convenções nacionais e estaduais, já começa a movimentação dos candidatáveis para formação de sólidas alianças para outubro do ano que vem. Com farta distribuição de cargos e benesses pelos que, estando no poder, vão movimentar seus orçamentos em direção às urnas. Não é um despropósito!
Batendo em ferro frio
A coluna vai bater, mesmo que em ferro frio, na sua tese da eleição casada. De cinco em cinco anos de vereador a Presidente da República. Sem reeleição para cargos executivos e apenas uma para cargos legislativos. A infinidade de mandatos a que vereadores, deputados e senadores têm direito dá também a oportunidade de pleitearem aposentadoria. Com 25, 30 anos servindo ao povo, nada mais justo!
Alguns peixes, não!
Vem aí a nova legenda que, diferentemente das outras não se chama partido: é Rede! Liderada por uma mulher que na eleição presidencial surpreendeu com 20 milhões de votos, Marina Silva, se à agremiação sobra posição em relação ao meio ambiente, falta ainda definição sobre política econômica, mas pelo menos demonstra preocupação em que nessa rede não batam determinados peixes da política brasileira.
Sem mudanças
Os quatro dias em que o colunista ausentou-se na semana passada não apresentaram mudanças significativas no cenário político estadual. Se a vinda do PSD de Stephanes e do PSC de Ratinho Jr. está garantida, a indefinição do PMDB e algum ressentimento do PPS e outros partidos, já se faz sentir do lado governista estadual. Inclusive de gente da primeira base de apoio.
Sem orçamento
O ministro Luiz Fux (STF) colocou o governo em camisa de onze varas ao obrigar a votação das 3 mil emendas provisórias engavetadas no Congresso. Nem o Orçamento de 2013 o governo federal insiste em que se vote, preocupado com a enxurrada de questionamentos que virá.
Só depois que o STF se manifestar…
Em choque
A passagem da blogueira cubana Yoani Sánchez pelo país, na sua peregrinação pela democracia a seu povo, mostrou que de democrática parte da esquerda brasileira não tem nada. Em sua defesa, quem diria, saiu o PSTU!
