Nada a festejar
Dias atrás, depois de uma estada de apenas doze dias no nordeste, a coluna comentou a postura dos políticos nordestinos neste país que nada tem de Federação, vivendo na base do cada um por si, canalizando como o fez Fernando Bezerra, 90% de sua verba de prevenção de enchentes a seu Pernambuco. Mais: privilegiando sua cidade. Daí se ver com tristeza o Paraná, com a maior representação que já teve em nível federal, estar na 15a. posição entre os que liberaram emendas ao orçamento de 2011. Décima oitava posição, sem considerar os 3 que liberaram a maior. Poucas vezes o Paraná foi agraciado com cargos do primeiro escalão. Desde Aramis Athayde e Bento Munhoz, passando por Ivo Arzua, Ney Braga (o período mais rendoso para o estado), Richbieter, Osires, Affonso (período produtivo), Alceni, Stephanes, até o momento atual, nunca tivemos três ministros:Gleisi Hoffmann, Paulo Bernardo e Gilberto Carvalho. Com desempenho até agora pífio para o estado. A ministra Gleisi ainda se desculpou: Não tenho atribuição de negociar emendas com o Congresso, embora não me negue a tentar ajudar os projetos do estado. Das duas uma: ou seu empenho não foi grande, ou seu poder é mais limitado do que o PT apregoa. O fato é que quando sua candidatura que está sendo preparada no estado for lançada, isso vai ser cobrado. Assim, Beto Richa, mesmo que prejudicado agora pelo dinheiro que não veio (apenas 10,9% dos R$32,9 – não confundir dinheiro de emenda com valores orçamentários (funcionais)- 3,47 bi dos quais 90% empenhados), pode comemorar. O desempenho de nossos ministros em favor do estado, lembra trecho da letra Cálice, do Chico: De que me vale ser filho da Santa. Melhor seria ser filho da outra.
Bancada frustrada
A frustração da bancada paranaense em relação ao empenho dos recursos de suas emendas propostas, está expressa na afirmação de Edmar Arruda (PSC): Não dá para entender como o Paraná, que tem representante na Casa Civil (entre outros) pode receber metade do que foi liberado para Santa Catarina que é bem menor. Mostra que Ideli Salvatti, tem força.
Auto-defesa
Em sua defesa a ministra Gleisi cita o empenho que está fazendo para liberar R$ 1 bilhão do Orçamento federal e mais R$ 750 milhões de empréstimos para viabilizar o metrô de Curitiba, entre outros projetos menores. A dúvida que persiste: o metrô só entrou em cogitação no bojo dos projetos da capital para a Copa de 2014, embora não vá ficar pronto até lá.
E agora, César!
Uma afirmação do presidente da OAB-RJ, Wadih Damous, recoloca em evidência as discussões iniciadas no ano passado sobre a transparência dos judiciários, questionada pelo CNJ. Em 2002, uma única pessoa do TRT do Rio (juiz ou funcionário) movimentou R$ 282,9 milhões, segundo o Coaf. Um registro de 94,3% acima das movimentações normais do órgão naquele ano. A informação foi enviada pelo CNJ ao STF.
Nova Secretaria
Entra em vigor em Curitiba a Secretaria de Trânsito em substituição ao Diretran, impedido de impor regras sobre o trânsito quase caótico curitibano, inclusive multas. Pela entrevista do novo secretário, qualificado por seu currículo no setor, fica nítido que os pedestres e até os ciclistas, passam a receber tratamento diferenciado. O importante é também cuidar do transporte coletivo que, se muito melhorado, tira carros das ruas.
Filas punitivas
Até domingo, 1.071.787 eleitores curitibanos (dos 1,3 milhão) tinham se recadastrado. Pior para quem deixou para o fim e teve que enfrentar imensas filas. O que não acontecia antes.
Em choque
Decisiva na eleição americana que levou à presidência dos EUA, Barack Obama, no Brasil, segundo analistas, nestas próximas eleições municipais, a Internet ainda não será uma ferramenta fundamental. A TV, as rádios e o boca-a-boca ainda vão ser os grandes instrumentos. Além do dinheiro, é claro!
