O (duro) jogo do poder!

Coisas estranhas da política: no PSDB, derrotadas as pretensões de Gustavo  Fruet de disputar a prefeitura de Curitiba, as baterias se voltaram contra João Cláudio Derosso, pretendente a ser vice de Luciano Ducci. No PT, dos três candidatos a candidato, dois estão sendo bombardeados: Tadeu Veneri, por conta de suposto mau uso da verba de ressarcimento e agora, Vanhoni, sendo julgado por contribuição recebida na sua campanha à reeleição. Não atingiram o Dr. Rosinha mas  o caminho está aberto para uma composição com Gustavo Fruet, de interesse maior. O que tais fatos têm entre si? O jogo do poder! Em nenhum partido,  pretensões que não atendam aos interesses dos grupos dominantes, devem prosperar. Quem acompanha a história política no Brasil, no Paraná por conseqüência, verá que as situações se repetem. De outro modo, por que o grupo de Requião preferiu em 2004 apoiar Vanhoni (PT) e deixar o grupo de   Fruet, então no PMDB, frustrado! Não basta ter um expressivo apoio em Curitiba, como foi demonstrado pelo Guga (Gustavo)  na eleição ao Senado que quase ganhou. É preciso estar afinado com os interesses dos mandantes. Por vezes, até por distração ou comodismo, alguns fatos diferentes acontecem. Em 1985, no PMDB de José Richa, governador, engrossado pelos que haviam divergido de Ney quando de novo governador (e não deveria ter sido), Jaime Canet Jr, Affonso Camargo Neto, Aníbal Khury, formaram aqui  o PP de Tancredo Neves, que em nível nacional se comporia em seguida com  o MDB de Ulisses Guimarães, o preferido não era Requião. No novo PMDB em que ele surgira, elegendo-se deputado, tentava  ser o escolhido para disputar a prefeitura. Precisava vencer o preferido  das elites do partido: Amadeu Geara. Venceu, quebrando uma tradição que agora os mandatários cuidam, não se repita!

 

Prejuízo

Esta coluna, mesmo não sendo de economia previu: o aumento do IPI para carros importados, quando o natural seria a redução da carga tributária dos nacionais, vai prejudicar o governo e a balança de pagamentos. Pelos acordos do  Mercosul,  carros produzidos na Argentina e no México, não estarão sujeitos à taxação.

 

Solução

A derrubada na Câmara da proposta de se criar uma nova CPMF, nem que seja disfarçada em Contribuição Social para Saúde, não é terminativa. Especialmente por passar pelo Senado onde quem  manda é o Sarney e estamos conversados. Igualmente, se depender do PT e dos governadores (14 dos 27) uma nova discussão estará sendo proposta. Há quem veja como solução a volta dos bingos; porque não um porcentual sobre todos os jogos (proibidos)  que a Caixa Econômica banca?

 

Preocupante!

Quando o Judiciário começa a ser alvo dos chargistas dos jornais diários é mau sinal: mostra que ele, como a classe política,  está perdendo o respeito da população! Em dias recentes alguns fatos deixaram a credibilidade do Judiciário em discussão. Por aqui, detonar ações da Polícia Federal  que demonstrou cabalmente as maracutaias praticadas no Porto de Paranaguá, foi um deles.  Aumentar (do nada) em mais de 50% o salário-moradia dos ministros dos tribunais superiores foi outro. E dizer-se que um dia esses tribunais foram classificados como últimos redutos da confiança dos brasileiros no Judiciário.

 

TC governista

Quando um governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) consegue  eleger sua própria mãe (filha de Miguel Arraes, então governador pernambucano, que deposto pela revolução foi exilado na Argélia) consegue eleger sua mãe, deputada federal Ana Arraes (PSB) para uma vaga no Tribunal de Contas da União, torna esse tribunal mais governista como ele.

 

Em choque

A eleição de Ana Arraes divide o PMDB cujo candidato era o amazonense Átila Lins que recebeu apenas 47 votos. Só 20 do partido, segundo ele. Irritado afirmou que é difícil outra justificativa que não seja a traição. E isso eu não aceito.