Ódio rentável
Sucesso nacional – A Privataria Tucana – livro que aponta supostas propinas nas privatizações realizadas durante o governo de FHC, foi lançado na quinta-feira em Curitiba. Escrito por um jornalista nascido em Londrina e criado em Santa Cruz do Monte Castelo, noroeste do Paraná, hoje dominada pelo MST que invadiu enormes áreas antes pertencentes aos Atalla, que ‘compraram’ a Usina Central do Paraná (açúcar e álcool) – Porecatu – e milhares de alqueires pertencentes à família de João Lunardelli (sogro de Paulo Pimentel), aquisição feita com financiamento do falido Badep e do Banco do Brasil, numa ‘negociação política’ realizada em 1970 (período revolucionário). Um detalhe adicional: o ministro da Justiça, Alfredo Buzaid era parente dos Atalla. Não surpreende que o livro de Amaury Ribeiro Jr. seja recheado de documentos que tentam provar inúmeras maracutaias recentes e passadas. Com supostas vantagens recebidas pelo então candidato a presidente pelo PSDB, José Serra, o livro tem feito sucesso nas hostes do PT. Amaury admite que foi acusado de envolvimento em várias situações, como a suposta compra de um dossiê contra Serra e seus familiares, na eleição da atual presidente, Dilma Roussef. Ele nega! Um dos escândalos que a política brasileira enfiou para baixo dos tapetes. Não deixa barato também para os petistas. Acusa-os de terem realizado acordo na CPI do Banestado. Quando ela chegou perto de gente do PT que operava com os mesmos doleiros, a coisa deixou de interessar tanto ao governo quanto à oposição, afirma. Para concluir: envolvido no dossiê dos aloprados – a expressão é de Lula em relação a seus companheiros – Amaury conclui: Este jogo é muito sujo. Depois daquela confusão nem passar mais perto da política. Nunca gostei e agora pequei ódio.
Prevenir é melhor
Não foi por falta de aviso, afirma hoje o deputado Fábio Camargo (PTB). As adulterações realizadas nos postos de gasolina dificilmente ocorreriam, se um projeto apresentado por ele quando vereador de Curitiba tivesse sido aprovado. Previa a cassação de alvarás de postos que cometessem adulterações.
Força total
Uma inauguração de creche em Angra dos Reis – Rio de Janeiro, episódio que comportaria destaque municipal ou regional, deu mostras do que será a eleição municipal em São Paulo. Com presença de Dilma, ministro Haddad (candidato a prefeito paulistano), governador carioca e outros que tais, mostrou o que vem por aí nas campanhas municipais.
Alerta
O episódio serve de alerta para o governador Beto Richa (PSDB) e seu candidato à reeleição, prefeito curitibano Luciano Ducci (PSB). Não por acaso o presidente do partido socialista, Eduardo Campos, governador de Pernambuco, já esteja reclamando junto à presidente Dilma, da força que petistas paranaenses – grupo de Gleisi/Paulo Bernardo – dá à eleição de Gustavo Fruet (PDT).
Diferenças climáticas
No sul –três estados – há divergências no clima que aflige as áreas rurais de Rio Grande, oeste de Santa Catarina e do Paraná, onde a estiagem predomina, com prejuízos que só aqui somam R$ 2,25 bilhões. Em regiões como os Campos Gerais (Ponta Grossa) o contrário acontece: a produtividade especialmente da soja e do m ilho são extraordinárias.
Discriminação…
Seria surpreendente se não fosse a regra: a LOA (Lei Orçamentária Anual) do governo federal mais uma vez discrimina o Paraná. Por habitante (referência) ficamos na 26a. posição: R$ 68,55. Só ganhamos de São Paulo, estado mais rico do país. Seria razoável se o critério fosse o de distribuição de renda: não é.
…permanente
Os gaúchos, com igual potencial econômico e quase igual população – 10,7 e 10,5 milhões, respectivamente – recebem R$ 172,55per capita. Três vezes mais. Santa Catarina, R$ 132,32. E olha que o Paraná tem três ministros considerados importantíssimos. O Rio Grande tem a presidente (mineira de nascimento, gaúcha por adoção)!
