Palavras comprometedoras

Ao se referir ao mais novo escândalo produzido no Ministério do Trabalho no valor de aproximadamente R$ 400 milhões desviados, a coluna afirmou que o assunto ainda não se esgotara. Pois agora se completa com a queda do secretário-executivo, segunda pessoa do ministério que, inclusive, já ocupara eventualmente a pasta. Trocando em miúdos: o PDT sacrifica mais um personagem importante para salvar o ministro Manoel Dias e continuar mandando nessa importante pasta que tem tudo a ver com o trabalhismo do partido. Isso se a presidente Dilma não tiver um surto de irritação com  a frase cunhada pelo ministro Dias. Uma afirmação que, além de comprometer praticamente o restante do governo, ainda foge à realidade que o partido viveu, ao dominar o Ministério do Trabalho. Curiosamente, o deputado Brizola Neto, que substituíra Carlos Lupi no comando, este afastado por suspeita de irregularidades no MT, perdeu o cargo por não ter trânsito na cúpula pedetista.  Manoel Dias que entrou em seu lugar, manteve a mesma estrutura de Lupi, agora apeada por comprovadas fraudes. A frase atribuída a Manoel Dias é comprometedora:  Em qualquer lugar tem irregularidades, não só no Ministério do Trabalho. (…) Nós (o PDT) somos um partido ficha limpa. Especialmente a afirmação final sobre a seriedade do partido, precisa ser confirmada, já que pela segunda vez e agora de forma  extremamente comprometedora, os fatos não o qualificam. É de esperar igualmente reação de outros ocupantes da Esplanada dos Ministérios, todos atingidos pela defesa de Manoel Dias, de seu Ministério e de seu partido. Verdade que só corroborou com suas palavras o que todos os brasileiros já intuíam, ao irem às ruas pregar a moralidade pública.

Boa piada

Soa a galhofa a afirmação do ex-Chefe da Casa Civil de Lula, José Dirceu, se os ministros do STF tiverem acompanhado ontem o  relator e agora presidente, Joaquim Barbosa, que votou contra a aceitação de novo julgamento para os mensaleiros. Afirma Dirceu que irá questionar o Supremo em cortes internacionais já que lhe foi negado o direito de defesa. Não é brincadeira! Quem não teve direito a defesa foi o pedreiro Amarildo!

Alta rejeição

Embora alguma recuperação de seu antigo prestígio tenha ocorrido, depois das grandes perdas ocorridas pelas manifestações populares, a presidente Dilma ainda amarga uma rejeição de 41,6% que certamente a impedirá de vencer a eleição de 2014, no primeiro turno. O número alentador para ela, é a aprovação popular do programa Mais Médicos: 73,9%. Se bem sucedido o programa, poderá alavancar mais apoio popular à presidente. Para isso ele foi criado!

Faca de dois legumes

Como dizia o folclórico presidente do Corinthians, Vicente Mateus, esse programa Mais Médicos, apesar do grande apoio popular que contraria a postura das associações médicas brasileiras, pode ser uma faca de dois (le)gumes. Se a atuação dos médicos importados corresponder, o nome de Dilma disputará com o de Lula, entre a população mais carente. Se algo der errado, sua candidatura à reeleição estará definitivamente prejudicada. Outros programas como, os recursos do petróleo para educação e saúde, demorarão a entrar no caixa, a tempo de produzirem efeitos eleitorais.

Reforços expressivos

Os ventos, na primavera que se aproxima, parece soprar a favor do governo de Beto Richa. Além de alguns dos empréstimos internacionais e nacionais estarem próximos de sair, permitindo a execução de obras prometidas em campanha, outros recursos como o acesso aos depósitos judiciais de natureza tributária, já não contam com o impedimento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O processo agora será reavaliado pelo Tribunal de Justiça, cujo presidente tem boas relações com o governador.  Serão aproximadamente R$ 500 milhões a reforçar o caixa do governo.