Palavras. Só palavras…

O mandato da presidente Dilma, diferentemente do anterior em que diariamente se tinha contato com as idéias do presidente Lula, mesmo que não concordando com elas, falar por falar, tem registro de algumas frases ditas antes e depois da posse. Importantes por marcarem posições que aparentavam ser firmes. Na prática a realidade é outra. Senão vejamos! Antes de sua posse um importante jornal americano, o Washington Post registrava: Por ter experimentado a condição de presa política, tenho um compromisso histórico com todos aqueles que foram ou são prisioneiros somente por expressarem suas visões, suas opiniões. Uma expressão que causava bem estar muito maior do que aquele que caracterizara a eleição de Lula, levando especialmente ao mundo econômico da época, apreensão, sobre como o novo presidente brasileiro, dito de esquerda, conduziria a política de Direitos Humanos e até mesmo a econômica. Preocupação logo desfeita com o seguimento de comportamentos iniciados com a abertura promovida por  Collor, respeitada e  ampliada por Itamar e FHC. Os fundamentos da economia respeitados e consolidados. Dilma, pouco conhecida a não ser por seu passado de contestação ao regime militar e posteriores passagens por cargos administrativos, representaria certamente uma consolidação do respeito a tais Direitos, que na vivência dela não tinham sido respeitados. Para que não pairassem dúvidas, já empossada, afirmou ao Valor Econômico: Se não concordo com o apedrejamento de mulheres, não posso concordar com gente presa a vida inteira sem julgamento (referência a Guantânamo) (…) Isso vale para o Irã (hoje rebelado contra ela), para os EUA e para o Brasil. Cumpre o que disse em relação ao Irã. Não vale para o regime de Cuba.

Homenagens
O prestígio do deputado Moacir Micheletto pode ser medido pelo seu velório, ao qual estiveram presentes o vice-presidente Michel Temer e os ministros Gleisi Hoffmann, Mendes Ribeiro, Aldo Rebelo e a senadora Kátia Abreu (presidente da CNA). Além do governador Beto Richa e grande número de deputados estaduais e federais.

Sem trégua
Mal chegada de seu roteiro por Cuba e Haiti, a presidente Dilma vai ter sérios problemas a resolver. Lá, ao ser inquirida sobre situações nacionais, afirmou: Questões sobre o Brasil nós discutimos no Brasil.  A sua espera, entre outros,  a mudança no ministério das  Cidades onde Mário Negromonte nem comparece a compromissos agendados com a Casa Civil.   

Omissão
A situação dos brasiguaios (brasileiros com propriedades agrícolas no Paraguai), continua a merecer atenção especial da imprensa. O presidente Lula, antes de ter aberto o diálogo com o governo paraguaio, em relação às exigências de mudança no tratado de Itaipu com grandes benesses ao Paraguai, poderia ter vinculado o assunto  a uma posição firme do governo vizinho na defesa dos brasileiros que lá residem.

Palavras de peso
O ex-ministro do STF, Nelson Jobim, primeiro presidente do CNJ, participou do ato da OAB em defesa do direito do Conselho Nacional de Justiça, ontem discutido no Supremo. É sua a frase: (A ação para restringir a atuação do CNJ) é uma tentativa de radicalizar a autonomia, como se (os tribunais estaduais) fossem repúblicas livres de controle.

Revitalização
Bastante prejudicado pela ação do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (atual PSD), a quem cedera a legenda para ser candidato, os Democratas reúnem seus filiados remanescentes em reuniões regionais. No Paraná, o presidente Elio Rusch promove dia 11 a primeira, em Paranavaí. Outras se seguirão.

Em choque
Quem anda satisfeito com o grande número de empresas que se transferem para o Paraná, marcando nova fase de industrialização acelerada do Estado sob a administração de Beto Richa, é o secretário de Indústria e Comércio, deputado Ricardo Barros, responsável pelos contatos transformados em realidade.