Panorama político

Um acontecimento desagradável, se não fora uma norma no Paraná e no Brasil, ocorreu em Colombo, região metropolitana de Curitiba: o hospital público local foi fechado por absoluta falta de condições técnicas e de pessoal, para prosseguir prestando serviço à população local. Ainda ontem a coluna se referia ao entusiasmo do secretário de Saúde, Michele Caputo, por estar trabalhando com um orçamento melhor que o anterior, o que propiciará alguns avanços na saúde pública do Paraná. Nem tudo porém poderá ser resolvido. O curioso é que no governo anterior (não só o de Requião, a situação é antiga), anunciou-se como resolvido os problemas hospitalares com as inúmeras construções em andamento. Acontece que hospital não é apenas construções civis. Não bastam paredes, forro, assoalhos. Há muito mais necessidades do que isso. Caso do hospital de reabilitação, anunciado aos quatro ventos como equivalente ao Sara Kubitschek de Brasília. Até agora sem funcionamento satisfatório por falta de equipamento e de médicos e outros profissionais especializados. Até quando a saúde pública no Brasil vai ser resolvida nas campanhas políticas e depois deixada à traças? A própria postura do governo federal que se empenhou para ter R$ 60 bilhões a serem gastos a seu bel prazer, mas negou-se a permitir que a emenda 29 fosse aprovada com a sua obrigatoriedade de investir anualmente, 10% do orçamento no setor. Estados e municípios tem obrigatoriedade orçamentária a ser cumprida. O governo federal que é quem arrecada o maior volume de recursos,  não! Assim caminha este país em que promessas de campanhas são feitas para não serem cumpridas. E o povo …oh!

 

Chuva afinal

A meteorologia prevê para o oeste e sudoeste do Paraná, algumas pancadas de chuva para este domingo. Insuficientes porém para remediarem os problemas causados na região pela seca. Até porque, dependendo do estágio da soja, em algumas regiões, nada mais poderá ser feito a não ser recorrer a um ProAgro que por vezes demora a chegar.

 

Aluno importante

A nota curiosa desta semana é a postura voluntária do Ministro de Comunicações, Paulo Bernardo, submetendo-se a um curso de reciclagem para reaver sua carteira de motorista. Bom exemplo. Passou de 20 pontos, teve a carteira cassada e agora freqüenta o curso como um brasileiro comum, para reavê-la. Muito embora não precise guiar por ter motorista particular.

 

Cargo garantido

Se nenhum fato novo acontecer, como uma decisão judicial punindo o ministro de Integração, Fernando Bezerra, seu cargo está garantidono governo. A presidente não quis comprar briga com o PSB, presidido pelo governador Eduardo Campos de Pernambuco, padrinho político de Bezerra.

 

Reforma restrita

Em Brasília uma certeza: a reforma do Ministério anunciada para 2012, vai se restringir a alguns cargos de gente que deixa o governo para disputar eleições municipais. Parece que apenas Ana Buarque de Holanda, Cultura, sem partido, está sem padrinho. 

 

FOLCLORE POLÍTICO

O hoje professor e autor de livros sobre economia, Belmiro Valverde, foi protagonista em seus tempos de juventude, quando assessorava o Cel. Alípio Ayres de Carvalho, uma das melhores cabeças da administração pública paranaense, de cena hilariante A seu tempo de secretário de Viação e Obras Públicas, sua marca esteve presente nos grandes avanços do primeiro governo de Ney Braga. Belmiro o acompanhava em suas inúmeras viagens pelo Paraná. Certa vez, em Umuarama, quando Alípio vistoriava obras contra a erosão, problema recorrente na região, o prefeito Enio Romagnoli o convida para visitar  importante frigorífico em instalação na cidade. Alípio detalhista, quis maiores informações. Entre elas a que tipo de abate se destinaria: Abate de suínos, indagou? Não só de suínos, Secretário. De porcos também, informou o prefeito. Desnecessário dizer que Belmiro saiu de perto segurando o riso.