Parada dura

A filiação do ex-deputado Gustavo Fruet ao PDT e o consequente lançamento de sua pré-candidatura à prefeitura  no dia 6 de outubro,  praticamente dá a partida à disputa eleitoral de 2012 em Curitiba. Eleição que já se antecipa das mais renhidas. Mesmo com as possibilidades já apontadas por outros partidos de participação na disputa com candidaturas próprias, caso do PSC  de Ratinho Jr., PMDB com Greca, do neo PSD com Ney Leprevost e a ameaça do deputado Raska Rodrigues de lançar-se candidato pelo PV, em princípio a certeza é de que vai se afunilar nos nomes de Luciano Ducci e Gustavo Fruet. As composições que poderão ocorrer determinarão o rumo que cada campanha tomará. A tendência porém é que seja uma disputa entre o governo de Beto Richa, todo ele envolvido na campanha à reeleição de Ducci e do federal em favor de Gustavo. Tanto que o dedo de José Dirceu já se fez presente na decisão largamente amadurecida por Gustavo de filiar-se a um partido da base de Dilma Rousseff, com o beneplácito dos ministros Gleisi Hoffmann e Paulo Bernardo. Indicativo de que o PT poderá oferecer apoio ao Guga, já no primeiro turno de uma eleição que tem tudo para ser decidida no segundo. Luciano que já teve praticamente assegurado o nome de João Cláudio Derosso na sua vice, agora refaz sua tática. Não será surpresa que traga para o seu redil o presidente municipal do agora confirmado PSD, Ney Leprevost. Do mesmo modo, ou Raska ou Ratinho Jr. serão tentados a compor-se com Gustavo. A dúvida ficará com o PMDB e a candidatura de Greca.  Os próximos lances dessa disputa serão decisivos. As candidaturas mais fortes serão reforçadas com o peso de seus principais apoios: Dilma e Beto. Requião em Curitiba representa pouco.

 

Decisão complicada

O PSD de Kassab, dirigido no estado pelo federal Eduardo Sciarra (ex-DEM) e em Curitiba pelo estadual Ney Leprevost (ex-PP), pode ficar numa posição estranha: situação nos cenários nacional e estadual – Dilma, que apoia Fruet e Beto que apóia Ducci. Daí talvez a necessidade de lançar candidatura própria. Tomar posição aqui fica complicado.  

 

Fisiologismo inicial

Como partido político no Brasil, por falta de identidade ideológica é sempre uma incógnita, a aprovação da criação do PSD só aponta para uma certeza: tal qual a agremiação de que é sucedânea, o antigo PSD de Juscelino, Tancredo e Ulisses, o novo surge com vocação governista. Daí o apoio que recebe de políticos de todas as vertentes mas com uma única convicção: ser governo é melhor que ser oposição.

 

Adesão oportunista

O mesmo que aconteceu no Paraná com o PMDB não totalmente requianista: ou solidário ao hoje senador em termos. Enquanto ele foi governo. Requião eleito senador pode hoje se dar ao luxo de ser independente, da ala de Pedro Simon no PMDB. Já os deputados locais depois de oito anos no poder não se sentiram confortáveis na oposição. Daí a adesão a Beto…

 

Desconforto

Há um visível desconforto na briga patrocinada pela Associação dos Magistrados Brasileiros contra o Conselho Nacional de Justiça. Colocando na parede o Supremo já que o CNJ goza hoje de simpatia nacional. Não por acaso a transferência de julgamento da ação que tenta limitar os poderes do CNJ no STF.

 

Desgaste do Judiciário

O fato concreto é que existem 35 desembargadores investigados pelo CNJ. Imagine-se o número de juizes! Se a limitação for imposta ao CNJ, que passaria na expressão da Folha a ser um leão sem dentes, tais punições serão derrubadas. A situação é extremamente grave.

 

Em choque

A postura dos vereadores  curitibanos ligados ao presidente da Câmara, João Cláudio Derosso (PSDB), em conseqüência ao prefeito Luciano Ducci (PSB), está dando munição à oposição. Medidas como ouvir funcionários (públicos) da Câmara em sessão fechada ao público e à imprensa só faz aumentar a pressão. Até quando?