Pré-campanhas

Nesta fase intermediária em que os políticos dividem suas atenções com as convenções partidárias, fundamentais para seus sucessos eleitorais, e a Copa do Mundo, assuntos que permeiam futebol e política mexem com o humor dos brasileiros. Cantam com entusiasmo nos estádios o Hino Nacional quando o Brasil está em campo, e dirigem galanteios grosseiros aos políticos anunciados. Nem precisam anunciar para serem objeto das atenções e mimos do público. Como aconteceu no jogo inicial. Vacinados com os apupos ao discurso da Copa das Confederações, a Fifa e o governo optaram por não haver discurso de abertura da Copa. Inclusive ficaram, junto a outros mandatários estrangeiros na tribuna de honra. Por acaso a imagem foi projetada no telão. O bastante para desencadear uma agressiva manifestação, levada ao mundo pelas TVs que cobriam o evento. Dalí para a frente passou a ser o cavalo de batalha de governistas e oposicionistas. Do lado de Dilma, a preocupação em transformá-la em vítima. O ex-presidente Lula, especialista em manipular situações, já cunhou um jargão que substitui a esperança vencerá o medo incialmente lançado. Daqui para a frente será a esperança vencerá o ódio. Dos demais candidatos expressões que se não apoiam, tão pouco criticam. Para Aécio a manifestação deve se dar no campo político, sem ultrapassar os limites do respeito pessoal, por mais compreensível que seja o sentimento dos brasileiros (em relação a tudo que ocorre)! Eduardo Campos foi mais direto: Talvez a forma (de hostilizar a presidente) não tenha sido a melhor maneira de expressar  mau humor. (…) Mas vale o ditado: na vida a gente colhe o que planta. Por qualquer ângulo o que se vê no episódio, é o nível em que a campanha se dará!

Reprise infeliz

A primeira manifestação do ex-presidente Lula em relação ao episódio, trouxe de volta uma antiga frase sua criticada à época por grande parte dos brasileiros, por defender a não necessidade de estudos para o sucesso na vida. Baseado no seu raro e excepcional exemplo. Num trecho de sua crítica aos agressores de Dilma, em que afirma serem pessoas de posse os agressores: Fiquei pensando (…) que não é dinheiro, nem escola, nem qualquer tipo de título que garante educação. Pelo jeito suas convicções continuam as mesmas!

Caminho do fim!

Faltam dois dias para o grande embate que mostrará o caminho que o PMDB paranaense seguirá na campanha de 2014: apoiar a reeleição de Beto Richa ou seguir com candidatura própria! Pode-se afirmar que também estará em jogo seu futuro como instituição forte na medida em que, se não tiver representação direta  estará assinando o atestado de óbito político de seu grande líder até aqui. Desde o falecimento de José Richa, o partido tem girado em torno de Requião.  Outra liderança de expressão estadual não tem para em próximas campanhas tentar voltar diretamente ao poder. Como, em nível nacional, estará fadado sempre a não ser mais protagonista.

Única esperança

A possibilidade que restará ao PMDB, se não tiver candidatura própria, será investir todas as fichas no vice-governador que vai indicar para compor a chapa majoritária comandada por Beto Richa: Caíto Quintana. Embora um nome de expressão regional, terá a oportunidade de adquirir outra dimensão política na vice-governança. Especialmente se vier a ocupar um cargo que no governo de Requião já foi seu: a Casa Civil. Será sem dúvida o nome a ser projetado para manter a dimensão atual do PMDB.

Um fato interessante nestes dias que antecipam o início da campanha política, cuja ascensão ocorrerá com a abertura dos horários eleitorais. Embora estes estejam prejudicados pela não obrigatoriedade de suas inserções nas emissoras pagas de TV, o que dá boa opção de fuga para o telespectador enfastiado da má política que se pratica no país, é a falta de projetos que os candidatos, da situação com mais espaços na mídia e da oposição, com os poucos espaços disponíveis tem apresentado.  Até agora só  críticas e