Resultado antecipado

Deu o que o PT e os partidos que apóiam o governo da presidente Dilma desejavam: Marina Silva não conseguiu registrar seu partido Rede Sustentabilidade. Isso porém não a impede, se desejar, de concorrer à Presidência. Poderá aceitar convite de um dos que lhe oferecem o espaço, entre eles o PPS, de Roberto Freire (no Paraná, de Rubens Bueno). Ou poderá simplesmente apoiar um dos nomes da oposição, Aécio Neves do PSDB ou Eduardo Campos, do PSB. Uma coisa é certa. Ao tentar, como conseguiu, inclusive de forma aparentemente desleal, na medida em que dos 98 mil apoios que não foram aceitos pelos cartórios eleitorais sem explicações, grande parte ocorreu no ABC paulista, redutos fortes do petismo nacional, o governo deu grande visibilidade a Marina Silva. Tivesse o registro de sua Rede ocorrido com a tranqüilidade vivida pelo PSD de Kassab, ou o Solidariedade de Paulinho da Força, que aparentemente não tiveram apoios contestados pelos cartórios do país, Marina estaria com a candidatura garantida mas, sem os enormes espaços que conseguiu na mídia com as dificuldades que lhe foram criadas. As reações dos que a apoiavam, são imprevisíveis, inclusive podem ter aumentado em função da resistência que hoje se nota na população  ao métodos utilizados na política brasileira. Uma única certeza: Marina vai continuar a representar um problema eleitoral oposicionista, exatamente por ser dos poucos nomes ainda limpos no cenário político brasileiro. Num país  em que  partidos são dominados por gente cujos nomes representam o que de mais retrógrado existe em nossa política, Marina e poucos outros, são exceção. Daí poder representar um perigo à reeleição de Dilma Rousseff.

Assinatura fantasma

A comprovação da boa vontade dos cartórios com os demais partidos recém criados está em reportagem do Correio Brasiliense, mostrando que funcionários da Câmara e do Senado assinaram a ficha do Solidariedade. Até um morto: José Washington Chaves, morto em 5/8/2006 aos 82 anos.

Próprio veneno

O desembargador Clayton Camargo está experimentando do próprio veneno. É vítima de um sistema jurídico que o brasileiro comum tem dificuldade em enfrentar, quando entende ser prejudicado em seus direitos. Está tendo que recorrer ao Supremo para recuperar sua aposentadoria barrada pelo Conselho Nacional de Justiça. Solicita decisão liminar do STF para impedir a inclusão na pauta do CNJ , de qualquer deliberação sobre a instauração de processo disciplinar contra ele.

Desvios assustadores

É impressionante o volume de ações da Polícia Federal contra desvios de recursos públicos ocorridos neste país. Só nos mais recentes (pouco mais de 2 meses) o último dos quais envolve três deputados federais acusados de participarem de esquema de lavagem de dinheiro (R$ 300 milhões)  e desvio de mais de R$ 50 milhões de fundos de pensões municipais, chega-se a R$ 1 bilhão de desvios (outros de R$ 400 e 300 milhões respectivamente).

Oportunidade de…

Eleito em segundo turno na votação de quinta-feira, ao desembargador Guilherme Luiz Gomes caberá, como presidente do Tribunal de Justiça do Paraná abalado por uma série de questionamentos, repor a entidade máxima do judiciário paranaense, nos trilhos. Respeito e competência para a missão não lhe faltam. Receberá o apoio de todas as classes ligadas ao importante setor, desde a seccional paranaense da OAB.

…mudança

O que se espera, sejam proféticas as palavras do desembargador Roberto Portugal Bacellar, representando a Amapar e a AMB: Nós passamos nesse tribunal por um momento de crise. Mas esse tribunal utilizou a crise como uma oportunidade de mudança.

Em choque

Trecho de texto da jornalista Dora Kramer, analisando o momentoso assunto Mais Médicos: A saúde pública continua precária, mas o que fica para a população é a ideia de que alguém fez alguma coisa. Alivia a alma e, ainda que não cure os corpos, rende votos.