Sem plano B

Pela reação que se observa, após a inesperada vitória da tese da candidatura própria, o governo, os deputados peemedebistas que lhe faziam a corte, o ex-governador Orlando Pessuti e até o próprio grupamento que apoiava a candidatura de Roberto Requião, todos, absolutamente todos, foram apanhados de surpresa! Ninguém tinha plano B! O governo por ter gasto durante boa parte do mandato, munição (obras e apoiamentos vários, que inclusive criaram mal estar com os companheiros de primeira hora) com os dissidentes do PMDB que lhe prometiam mundos e fundos. Pena não poder dizer aqui uma frase usual de meu pai, sobre como como foram deixados os fundos! Alguns de meus poucos leitores habituais já devem ter visto aqui estampada a frase por inteiro. A certeza era tanta de que incorporariam o partido e seu tempo de comunicação (Rádio e TV) à campanha de Beto Richa, com ele formando um chapão que garantiria a reeleição de quase todos os seus deputados, que ficaram sem ação. A manifestação de Romanelli diz tudo: Vou fazer a campanha do Luiz Cláudio Romanelli.  Não participa do empenho pró-Requião;  ele e alguns outros, todos agora ameaçados pela mudança radical. Pessuti, com sua decisão de última hora, foi vítima também do canto de sereia. O próprio Requião tinha tão pouca convicção em sua vitória,  que não conversou antecipadamente com nenhum dos partidos que poderiam acrescentar tempo a sua campanha. Corre agora atrás do prejuízo, assim como Beto. PP, PSD, PCdoB, PPS, PV, ainda não se definiram. Destes, pelo menos Rosane Ferreira (PV)  já demonstrou interesse em ser sua vice. O PP, parodiando Vinicius, já garantiu amor a Beto. Posto que chama, essa jura será eterna enquanto dure. A família Barros é uma a ser cortejada, mesmo com candidato ao governo já definido. Igualmente o PSD, com dois bons nomes a vice na chapa governista. Uma semana em que muita conversa e outras atrações, irão rolar.

Fiança lucrativa

Estranhos os caminhos da Justiça. Enquanto na Operação Lava Jato, todos permanecem presos, no episódio envolvendo funcionário do Tribunal de Contas e empresários vencedores de uma licitação, rapidamente são colocados em liberdade. O que houve atrás de tanta pressa! Teria o suposto pagamento de propina, apanhado em flagrante segundo a versão do Gaeco, proporcionado uma prisão indevida! O fato é que, para quem recebe R$ 200 mil, a fiança a ser paga deveria pelo menos corresponder ao valor recebido.  Só R$ 18 mil é muito pouco. Saiu no lucro!

Águas de junho

As águas do Iguaçu, embora baixando lentamente, podem deixar União da Vitória seca, antes que o dinheiro prometido pela presidente Dilma chegue ao Paraná. Se situações de risco por que passam inúmeros municípios dependerem do apoio federal, vão ficara ver navios. Precisamos adotar modelos japoneses; quando o tsunami destruiu a estrada asfaltada  que ligava à usina nuclear, em uma semana ela estava refeita.  Um exemplo de agora: no final do jogo do Japão na Copa, os torcedores nisseis juntavam seus lixos nas arquibancadas e carregavam em saquinhos para lixeiras do estádio.

Legados aguardados

Com a Copa já em sua segunda fase, começam as informações sobre prejuízos. Inclusive de rede hoteleira, de pequenos e médios comerciantes. Na expectativa de movimentos fabulosos, contratações foram feitas, preços inflados, sem que os resultados esperados viessem. Muito barulho e pouco lucro, na maioria das áreas comerciais. Nos próximos meses se verá se o legado da Copa não ficou reduzido aos lucros da Fifa, da CBF e das empreiteiras. Felizmente as programadas passeatas não ocorreram nas proporções previstas!

Bons exemplos

Entre as muitas convenções já ocorridas, o colunista vê autenticidade no Psol, que mais uma vez, com poucos quadros e pequeno espaço para sua comunicação, opta por candidatura própria: Bernardo Pilotto, servidor do HC.  O mesmo acontece com  o PSTU. O professor da rede estadual Rodrigo Tomazini foi escalado para o sacrifício. Exemplos para nanicos e até partidos maiores que preferem as rentáveis coligações; segundos de TVs valem ouro!