Tentativa válida

Liderada pelo paranaense Alfredo Kaefer (PSDB) que ganhou o cargo por ter  proposto em 2013 a criação de um grupo de trabalho para tentar reabrir na Câmara Federal o debate sobre a modernização do sistema nacional de tributos, o raciocínio  a seguir poderia ter sido desenvolvido por ele: Essa reforma deverá simplificar os tributos, desonerar a folha se salários, garantir a devolução de todos os créditos a que as empresas têm direito, e acabar com toda e qualquer tributação sobre o investimento. Deverá ainda contemplar uma legislação nacional única para o ICMS com alíquotas iguais para os mesmos produtos em todo o país. Não o foi porém! Simplesmente por que essa proposta foi apresentada por Dilma Rousseff na sua campanha de 2010.  Em seus quase 4 anos de mandato, só desonerações pontuais. Continua a ser um sonho do empresariado brasileiro e deve ser repetido em 2014. Cumpri-lo é outra história. Como também, e Alfredo Kaefer apesar de seu entusiasmo pela proposta sabe disso, neste 2014, dificilmente essa reforma será votada. Pelas dificuldades de um ano atípico. Daqui a três meses estaremos em plena Copa do Mundo, período em que componentes das Casas de Leis, que já não são muito afeitos a legislar, estarão marcando presença nas 12 sedes em que os jogos serão disputados, junto a suas bases. Depois vem o período eleitoral, onde cada deputado tem que estar correndo atrás dos votos que garantirão suas reeleições. Em outubro, quem venceu poderá estar empenhado em um segundo turno onde houver (inclusive na eleição presidencial, por que não!). Bem pouco tempo para decidir um assunto que tem freqüentado o noticiário desde 1967, quando em pleno regime revolucionário uma reforma foi feita, e outra em 1988, na Constituição. De lá para cá, só impostos a mais para cobrir gastos cada vez maiores, e pouco benefício para o brasileiro. 

E o povo, oh!

Dois números importantes mostram a necessidade da reforma tributária urgente: segundo o impostômetro implantado pela Associação Comercial de São Paulo, que acompanha a arrecadação federal, segundo a segundo, R$ 1,7 trilhão foi arrecadado pelo governo em 2013. Em 2012, R$ 1,5 trilhão. R$ 200 bilhões de diferença que desapareceram na voracidade com que os governos gastam. Com praticamente  nada em melhoria de serviços.

Mudança sanitária

Já que igualmente a reforma eleitoral não avança, pelo menos uma tese do falecido Affonso Camargo Neto poderia ser votada. Obrigaria todos os partidos a terem candidatos em eleições majoritárias. Não importa se o partido tem 5, 3, 1 minuto ou 11 segundos. Coligações só seriam permitidas depois da eleição, para compor os governos. Mudança que certamente acabaria com pelo menos 20 partidos e evitaria esse vergonhoso comércio de agora, em busca dos poucos segundos da maioria deles, vendidos a peso de ouro,  para aumentar espaços no horário eleitoral.

Reunião de emergência

A reunião de emergência de toda a cúpula da campanha de reeleição com  a presidente Dilma, em função principalmente da crise que se aprofunda com o PMDB, insatisfeito com o tratamento recebido, contou inclusive com a presença do ex-presidente Lula. Objetivo: mostrar unidade em torno da reeleição da presidente, esvaziando o movimento volta Lula. Oportunidade para o ex recomendar à atual presidente, uma postura mais política.

Embaixador informal?

Lula por sinal está no Facebook do senador Álvaro Dias, por conta de sua ida a Cuba, acompanhado do senador, ex-governador de Mato Grosso e rei da soja Blairo Maggi (ex-morador de São Miguel do Iguaçu), este, para conhecer o porto de Mariel, financiado pelo BNDES. A viagem de Lula, que se encontrou com Raul Castro, foi motivo de debate na América TeVê de Miami. Entre as muitas intervenções de Lula junto ao governo cubano, aponta a TeVê, o recente aumento aos médicos cubanos no Brasil. Ainda longe do que o Brasil desembolsa realmente!

Em choque

Os internautas são rápidos: o registro  publicitário 100 dias para a Copa, ganhou outras conotações na Internet: 100 saúde, 100 educação, 100 segurança. E por aí vai…