Vergonha nacional (II)

A coluna, repudiando como tantos brasileiros o fizeram  comportamento de acadêmicos que freqüentam a USP,  melhor Universidade brasileira (assim mesmo com letra maiúscula), estudando gratuitamente, ou eventualmente beneficiando-se dos programas que o governo coloca à disposição dos menos favorecidos, tiveram nesta semana, tentando transformar a tradicional e respeitável entidade educacional que o estado de São Paulo banca, numa maconhândia, (cracolândia de abastados)  vai se valer do que a conceituada jornalista Dora Kramer escreveu. Até porque, certas análises são definitivas. Com poucas palavras se diz tudo. Foi o que Dora fez. Ao texto: Tanto bom combate  aí à disposição, à espera de quem abrace algum, e a estudantada de um lado fazendo má-criação em prol da droga, do privilégio e da desordem, e de outro, aninhada no colo do Estado. E a maioria (do estudantado), desorganizada, desmobilizada, calada. Há que haver uma virada ou nessa batida a juventude caminha para se assumir social e politicamente improdutiva. Nada a acrescentar senão lembrar que por causas nobres como o combate à ditadura, muitos foram para o sacrifício. Hoje, no mínimo, o combate à corrupção tem merecido algumas mobilizações. Curiosamente com mais gente passada dos quarenta que dos jovens que um dia pintaram seus rostos para expulsar um presidente. Diferentemente  de agora quando jovens cobriram seus rostos para não serem flagrados na  malfeitoria. Caberia a expressão, já não se faz mais idealistas como antigamente! ou parafraseando Rui, de tanto ver prosperar as nulidades. Com uma expressão em desuso: acautelai-vos jovens que perseguem um país melhor.  

Ficha Limpa
Pelo andar da carruagem parece que a Ficha Limpa vai pegar. Agora em fase final no julgamento do STF, que embora desfalcado de um de seus membros, a aposentada Ellen Gracie, com a nova titular, Rosa Weber,  já escolhida,  embora sem dia marcado para a posse, deverá seguir em maioria o voto do relator, Luiz Fux. Um passo adiante, se confirmado, na moralização da deteriorada política brasileira. 

Terra e inferno
Outra área que vai mudar é o conceito de crime em relação a dirigir alcoolizado. Passando no Senado a penalização para até 16 anos de prisão a quem dirige embriagado, mesmo sem causar danos, coisa comum no noticiário policial dos últimos anos, quem bebeu não pode dirigir. Como sempre acontece no Brasil, do máximo (de ingestão de bebida) ao mínimo. 

Novo estilo
O novo estilo imposto pela presidente Dilma a ministros que não enxergam (ou dizem  não enxergar) o que acontece embaixo de seus narizes, atinge diretamente o ministro Calos Luppi, do Trabalho. Sem papas na língua, blefando como se estivesse jogando pôquer (entre os mais sofisticados – nível de ministérios) ou truco (nível da categoria  que seu ministério diz representar usando verbas do Fundo de Apoio ao Trabalhador), teve que baixar o topete diante da jovem Chefe da Casa Civil, que lhe transmitiu o recado da presidente. 

Curto e grosso
Quem nomeia e quem demite é a presidente Dilma. Bravatas não garantem ministros. Primeiro é preciso provar que as denúncias contra ações do seu ministério não o envolvem. Com Orlando Silva foi assim: temos o maior respeito por você mas deixe o Ministério do Esporte e fique livre para provar sua inocência. Com Carlos Luppi deveria acontecer o mesmo para provar que novos e bons tempos chegaram em que malfeitorias não são enfiadas para baixo dos tapetes.

Em choque 
Hoje é o último dia para votar nas cataratas do Iguaçu como uma das sete maravilhas do mundo. Classificação que transformará a fantástica obra com que a natureza brindou o Brasil e a Argentina, num dos polos turísticos mais importantes do mundo. Faça sua parte. Acesse www.votecataratas.com. O turismo do Paraná e de Foz do Iguaçu agradecem.