Agora senadores
Depois de ser aprovada a Emenda 29 pela Câmara Federal essa semana – apesar do texto polêmico – o presidente da Associação dos Municípios do Paraná (AMP) e prefeito de Piraquara, Gabriel Samaha, o Gabão agora se volta para os senadores paranaenses. Ele manteve vários contatos com os deputados federais até o dia da votação e começa o mesmo trabalho junto a Álvaro Dias (PSDB), Roberto Requião (PMDB) e Sérgio Souza (PMDB), pedindo apoio ao projeto que regulamenta a emenda constitucional. Na Câmara foram mais de 1.200 dias de tramitação do projeto aprovado e o receio é de que no Senado a matéria fique por outro tanto. Gabão pediu aos 399 prefeitos do Paraná que cobrem dos senadores aprovação do projeto. Marcar pressão mesmo. A batalha pela aprovação da Emenda 29 está quase vencida. Mas falta ainda aprovação pelo Senado. Os prefeitos precisam se mobilizar para pressionar os senadores do Paraná a apoiar o projeto, apelou Gabão. Em tempo: a criação da CSS (Contribuição Social da Saúde), espécie de imposto que seria cobrado nos moldes da CPMF, foi rejeitada pela Câmara.
Gleisi e Beto
Gabão diz ainda que está pedindo audiência com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o governador Beto Richa (PSDB) para discutir um pacote de reivindicações dos municípios. Entre eles, uma pauta emergencial das prefeituras do Paraná. Temos uma série de questões importantes a tratar com a ministra e o governador que queremos solucionar o mais rapidamente possível, explicou.
Explica…
Em função da repercussão da iniciativa, o deputado estadual Nereu Moura (PMDB) se defendeu das críticas por ter levantado ‘questão de ordem’ defendendo o arquivamento do requerimento para a criação da CPI do Pedágio, de autoria de Cleiton Kielse, também do PMDB. Arquivado o requerimento já aprovado, Kielse teria de começar tudo de novo em relação a CPI que não interessa ao governo Richa ver instalada.
Dúvida
Confrontado pelo fato do PMDB ter passado os últimos oito anos em guerra contra as concessionárias, Moura rebateu alegando que essa briga não deu em nada. E insinuou que a CPI do pedágio criada durante a Legislatura passada, quando o senador Roberto Requião era governador, teria sido concluída sob suspeita.
Sei não
No governo Requião teve uma CPI do pedágio que ficou muito mal esclarecida, alegou, sem entrar em detalhes. De fato, na época causou estranheza a aparente falta de empenho da Comissão em ir a fundo nas questões a que tinha se proposto inicialmente. Travada, a CPI foi concluiu que não havia irregularidades nos contratos de concessão, apesar do discurso de campanha de Requião em 2002.
Pessuti e amigos
O ex-governador Orlando Pessuti, do PMDB (até quando?), promoveu mais uma reunião política em Curitiba com seu grupo para debater questões relativas à disputa eleitoral de 2012. Do encontro participaram ex-assessores, colaboradores e amigos que o acompanham durante os mais de 30 anos de atividades políticas e que integram o grupo chamado Amigos do Pessuti.
Bla, bla, bla
Esta é a segunda reunião promovida pelo ex-governador na capital e objetiva definir a indicação e apoio aos candidatos a vereador apoiados pelo grupo para as eleições do ano que vem. Os dois filhos de Pessuti, filiados ao PMDB, convidados a ingressar no PSD, também participaram.
Na mesma
Sobre eventual disposição de pleitear algum cargo público no processo eleitoral municipal, o ex-governador reafirmou que não. Vai continuar a percorrer o Estado e apoiar dezenas de bons companheiros que sairão candidatos a vereador, vice-prefeito e prefeito pelo PMDB e por aliados. Sobre sair do PMDB Pessuti não fez comentários.
Os filhos
Pessuti disse que em Curitiba também vai participar do processo apoiando candidaturas definidas pelo seu grupo. Os filhos Moisés e Bruno querem disputar as eleições de 2012 e uma definição quanto a isso poderá sair já na próxima semana. Pessuti fará uma nova reunião com o grupo para definir a estratégia a ser adotada para a disputa em Curitiba.
Cassação
Um pedido de vistas do juiz Auracyr Azevedo de Moura adiou o julgamento do processo no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná que julga a cassação do mandato do deputado federal Ângelo Vanhoni (PT). O Ministério Público pediu a cassação do petista sob a acusação de captação e gasto ilícito de recursos para fins eleitorais, relacionado a eleição de 2010.
Escore
Na sessão de anteontem, até o pedido de vistas, dois juízes – Luciano Carrasco e Marcelo Malucelli já tinham votado a favor da cassação de Vanhoni e a juíza Andrea Sabbag de Melo, votado pela absolvição. O julgamento do deputado será retomado pelo TRE na próxima semana.
Réu Takayama
Outra má notícia sobre deputado federal paranaense: desde ontem Hidekazu Takayama tornou-se réu no STF, Supremo Tribunal Federal. Por unanimidade, os ministros acataram o voto do relator, Dias Toffolli, que foi pela abertura de processo contra o deputado. Ele vai responder pelo chamado Esquema Gafanhoto.
Os cargos
O esquema, investigado em várias Assembléias Legislativas, incluindo a paranaense, anos atrás, envolvia o uso de cargos em comissão para benefício próprio dos deputados. Por ser deputado federal, Takayama só pode ser processado no STF. Toffolli diz que há indícios de irregularidades no gabinete de Takayama na época em que ele era deputado estadual. E já autorizou diligências para investigar o caso.
Tem mais
Takayama é filiado ao PSC e ministro evangélico (cargo superior a pastor) da igreja Assembléia de Deus, além de empresário. Outros deputados e ex-deputados estaduais do Paraná foram apontados como participantes do ‘Esquema Gafanhoto’ e respondem a processos na Justiça.
