O que é uma Smart City

Quanto mais uma cidade educar e treinar o cidadão, mais eles vão estar sensíveis para assuntos e políticas públicas Alain Grimard, Oficial Internacional Senior da ONU Habitat

Nos últimos anos, um termo que vem ganhando espaço quando se trata de políticas públicas é Smart City, ou Cidade Inteligente.

Por trata-se de um conceito relativamente novo, ainda existem dúvidas sobre o que exatamente significa.

Bem, o conceito de smart cities tem sido usado em diversas partes do planeta como sendo a busca por tornar o presente e o futuro melhores do que foi o passado, tentando solucionar os problemas urbanos, causados pelo crescimento desordenado e predatório com que as cidades se desenvolveram.

Desde Jericó, considerada a cidade mais antiga do Mundo, a primeira organização urbana teria começado por volta 11 mil anos atrás ainda durante a pré-história. Então, as cidades desenvolveram-se como um meio para o fortalecimento da vida humana e de habitação. O surgimento das cidades foi uma resposta natural para as circunstâncias de vida, mas também teve um impacto profundo e duradouro sobre a evolução da espécie humana como um todo (Schuurman, Baccarne, De Marez, & Mechant, 2012).

Acontece que o perfil das cidades foi mudando ao longo da história, passando dos assentamentos, incorporando funções agrícolas, domínio de elites culturais e religiosas, e assim por diante. Após a Revolução Industrial, muitas cidades passaram a ser grandes centros de fabricação, com presença de operários, empresários e a organização para importação e exportação de produtos manufaturados.

Atualmente, os grandes desafios urbanos estão relacionados ao desenvolvimento econômico, inclusão social, segurança, saúde, transporte, entre outros. Porém as recentes tecnologias têm mudando drasticamente as relações entre as pessoas, sua capacidade produtiva, e sua forma de pensar e agir.

No fim dos anos 90, surgiu o termo Smart City para tentar conceituar o desenvolvimento urbano impactado pela tecnologia e inovação. Atualmente, o conceito considera três fatores principais em uma cidade: tecnologia, pessoas e instituições.

No Brasil esse conceito também já existe há algum tempo, e, assim como em outros países, cidadãos e governantes passaram a buscar resolver os problemas comuns utilizando soluções tecnológicas e inovadoras. Aumentar a qualidade de vida das pessoas a partir de um desenvolvimento sustentável é a ideia central. Para isso, recursos, comunicação, serviços devem ser utilizados com visão de longo prazo.

Dependendo da forma como são aplicadas as estratégias, surgem dois tipos de smart cities:

Smart cities focadas na tecnologia – são aquelas que buscam soluções para otimizar o tempo das pessoas, ampliar o acesso aos serviços, investir em tecnologia para a segurança, etc, de maneira integrada. Neste tipo de opção, as melhorias são feitas PARA os cidadãos.

Smart cities focadas na economia – aqui, o empreendedorismo é fomentado para gerar valor para a cidade, fortalecendo a economia com novos negócios e empoderando as pessoas para que elas busquem ter mais autonomia, participação na sociedade e qualidade de vida. São melhorias feitas COM os cidadãos.

Através das atividades da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, buscamos desenvolver o protagonismo, elevar a autoestima e fortalecer o perfil empreendedor dos mourãoenses, para que possam juntos construir a melhor cidade para se viver.

Carlos Alberto Facco – Secretário de Desenvolvimento Econômico de Campo Mourão | [email protected]