Smart Cities, Smart People.

Pessoas inteligentes entendem a importância das pessoas em seus arredores para obter apoio, oportunidades e criar um ambiente saudável. Pessoas inteligentes podem gerar um ambiente agradável para a cidade e uma força de trabalho positiva. Tomar decisões inteligentes em diferentes situações leva as pessoas a encarar a realidade e julgar-se honestamente para superar os problemas. Shristi Gupta, Syed Ziaul Mustafa, and Harish Kumar, em Pessoas Inteligentes para Cidades Inteligentes.

Pelo segundo ano, tivemos a oportunidade de participar do Smart City Expo Curitiba, evento mundial que discute soluções e aplicações para cidades inteligentes.

O congresso abrangeu quatro temáticas principais:

1) Viabilizando Tecnologias para cidades inteligentes, trouxe fornecedores e desenvolvedores de soluções para as cidades, envolvendo inteligência artificial, internet das coisas, robótica, startups e empreendedorismo, entre outros assuntos.

2) Cidades criativas, sustentáveis e humanas foi o segundo tópico e teve debates relacionados a cidades verdes, economia colaborativa, bem-estar e qualidade de vida e inclusão social.

3) Governança em cidades digitais foi o terceiro tema, e dedicou-se a tratar sobre Governo Aberto, tecnologias para o cidadão, estratégias das cidades inteligentes e governança inteligente.

4) Por fim, Planejando cidades inovadoras e inclusivas, foi uma vertente que abordou assuntos como gestão de resíduos, energia sustentável, mobilidade, mudanças climáticas, entre outras.

Foram dois dias de muitas novidades, desde equipamentos, modelos de gestão pública, investimentos privados, todos relacionados à transformar a forma como viveremos nas cidades no futuro.

Dentre tudo que pudemos observar e discutir, duas me chamaram particularmente a atenção:

Primeiro, um consenso entre os debatedores e especialistas que estiveram no evento, foi o aspecto relacionado às pessoas: sejam os dirigentes, gestores públicos, empreendedores, ou cidadãos comuns, uma smart city não se torna realidade sem as pessoas. Pessoas que precisam estar tão conectadas quanto os dispositivos, pois só tem sentido um cidade inteligente se for a serviço do seu morador.

Nesse sentido, o desenvolvimento de uma cidade inteligente envolve vários especialistas, como consultores, empresas, especialistas em marketing e autoridades municipais, para enquadrar como a cidade inteligente pode ser conceituada, compreendida e planejada.

O outro aspecto, derivado do primeiro, é a definição de uma agenda, ou seja: um propósito ao qual deve ser seguido. Caso não exista clareza na visão de futuro da cidade, o que deseja em termos de futuro. Sob risco de investir muito e não chegar a lugar nenhum, simplesmente por dispersão de energia e recursos.

É necessário cada vez mais que as pessoas estejam conectadas, focadas, buscando qualificação, aprendizado ao longo da vida, flexibilidade e criatividade. Smart people para smart cities.

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Carlos Alberto Facco – Secretário de Desenvolvimento Econômico de Campo Mourão | [email protected]