Cidades Inteligentes: o futuro é agora, se decidirmos assim

Muito se fala sobre cidades inteligentes como sinônimo de cidades cheias de sensores, aplicativos e tecnologias de ponta. Mas esse é apenas um pedaço da história. Uma cidade inteligente vai muito além da digitalização de serviços: ela começa com uma gestão estratégica inteligente, feita por pessoas e para pessoas. A tecnologia é uma ferramenta, não o fim. O verdadeiro conceito de cidade inteligente está na capacidade de tomar decisões com base em dados reais, focadas nas reais necessidades da população.

Ser uma cidade inteligente é, acima de tudo, ter uma visão de futuro ancorada na escuta ativa da comunidade, na eficiência da gestão pública e na coragem de inovar com propósito. Isso exige planejamento, escuta, sensibilidade social, mudança cultural e, principalmente, uso de dados e indicadores que permitem monitorar, avaliar e corrigir rotas quando necessário.

Na minha visão como Administrador e formador de opinião, acredito que o maior diferencial competitivo de um município está na capacidade do seu gestor de utilizar ferramentas estratégicas e indicadores confiáveis para decidir. Um bom gestor que sabe onde a cidade está, onde quer chegar e como medir esse caminho consegue formular políticas públicas mais eficazes, sustentáveis e inclusivas.

Tenho visto isso na prática: quando a gestão se compromete com metas baseadas em indicadores — seja para melhorar a mobilidade urbana, ampliar o acesso à educação de qualidade ou fomentar o desenvolvimento econômico local —, os resultados aparecem. A cidade se torna mais atrativa para quem quer morar, investir, empreender. E, acima de tudo, passa a ser pertencida por quem já vive nela.

Agora, imagine se todas as cidades decidissem tomar decisões com base nas reais necessidades da população, com dados confiáveis na mão, planejamento de longo prazo e gestão com propósito… que país seríamos nós?

Rosinaldo Nunes Cardoso é Administrador, Especialista em Gestão de Pessoas e Estratégias Competitivas, Mestre em Administração com foco em Empreendedorismo, Inovação e Mercado, e Diretor de Pesquisa e Gestão do IPPLAN – Instituto de Pesquisa e Planejamento de Campo Mourão.