Drugovich e o regresso do Brasil à Fórmula 1

O Brasil está perdendo seus laços com a Fórmula 1, a grande montra do automobilismo internacional onde a bandeira nacional flutuou com sucesso durante décadas. Desde 1991 não ganhámos mais nenhum título; desde 2009 não vencemos mais um Grande Prêmio; e desde 2018 que não temos um piloto titular. O povo, claro, não tem o mesmo entusiasmo que antes.

Agradeçamos a Lewis Hamilton, brasileiro de adoção, pelo respeito e carinho que reserva a nosso país e por exibir nossa bandeira em suas vitórias em Interlagos.

A esperança está renascendo com Felipe Drugovich. Ele venceu a Fórmula 2 em 2021, e quem vence essa última etapa antes da Fórmula 1 tem sempre legítimas esperanças de conseguir uma vaga no grid no futuro.

O piloto do Paraná cumpre agora uma época como piloto de reserva, não de uma, mas de duas equipes de Fórmula 1 (Aston Martin e McLaren) e está esperando a evolução do mercado de pilotos para conseguir uma vaga para a temporada de 2024.

É preciso sorte, mas mais que isso

Alguns brasileiros julgaram que a notícia da lesão de Lance Stroll, piloto titular na Aston Martin, seria o jackpot que Drugovich estaria precisando para começar. Se Stroll não pudesse correr no Bahrein, Drugovich seria o escolhido, enquanto piloto de reserva, para alinhar no seu lugar.

Mas o próprio Drugovich saberá que conseguir uma oportunidade na Fórmula 1 não pode depender da sorte, como se estivesse jogando em um cassino online e conseguisse o prêmio máximo de um caça-níquel. Jogue jogos de cassino em Novibet se quiser se divertir e pensar que a sorte está do seu lado, mas sempre sabendo que só a sorte decide. São poucos os pilotos que conseguem se mostrar dessa forma. O caminho normal, e que está nas mãos do piloto, é trabalhar junto com as equipes, mostrar seu talento, e na hora certa pegar um contrato como titular.

Um caminho difícil

Sete pilotos brasileiros se estrearam na Fórmula 1 desde Felipe Massa, o último dos vencedores brasileiros a se estrear (ainda que não o último vencendo, pois a última vitória de Barrichello veio depois da última do infeliz vice-campeão de 2008).

Nenhum deles ficou na categoria máxima do esporte a motor por mais que três temporadas, o que normalmente indica que seu talento se revelou, de algum modo, insuficiente. Podemos pensar o que quisermos da forma como Felipe Nasr foi demitido da Sauber, mas o fato é que seus resultados, na comparação com o colega Marcus Ericsson, foram bons mas não incríveis.

Na Fórmula 1 você precisa ser incrível, pois são apenas 20 vagas (ou 18 ou 16, se tiver pilotos pagantes ou filhos do patrão pilotando). Ericsson nunca foi considerado como um grande talento, e isso ficou claro quando Charles Leclerc foi seu colega de equipe. Se Nasr tivesse batido Ericsson como Leclerc, seu futuro no esporte seria outro.

Drugovich faz seu caminho

É importante notar que Drugovich já fez história. Há 22 anos, desde que Bruno Junqueira venceu o campeonato da então Fórmula 3000, que um brasileiro não vencia a segunda categoria da FIA, abaixo da Fórmula 1. Certo; Junqueira não chegou lá. Mas a Fórmula 2 atualmente é bastante respeitada. Todos os cinco campeões anteriores dessa disciplina (que regressou a esse nome simples e fácil de entender em 2017, mais de 30 anos depois de o ter abandonado) estão ou passaram pela Fórmula 1 (Mick Schumacher saiu no final da época passada).

O paranaense tem tudo para chegar lá, até porque, enquanto piloto de reserva, está analisando de muito perto como trabalha Fernando Alonso, um dos maiores mitos do esporte. Tenhamos fé!