Cemitério usa galinhas d´angola para eliminar insetos

Quem visita o Cemitério Parque Angelus, do grupo Prever, em Campo Mourão, além de túmulos também vai encontrar um bando de 35 galinhas d`angola albinas circulando pelo local. As aves são usadas para o controle natural de insetos, como baratas e até escorpiões, que costumam surgir em cemitérios.

Conforme o gestor de operações do Cemitério, Cezar Przybysz, a ideia foi copiada de outros locais que usam o mesmo método para manejo de insetos. Trouxemos a ideia de outro cemitério que visitamos, explica. O fato é que com a presença das aves, que andam sempre em bando, ninguém mais viu baratas, lagartas ou mesmo escorpiões na área de 36 mil metros do cemitério, que fica no Jardim Cidade Nova.

Barulhentas e inquietas, mas muito organizadas, a galinha d´angola ou capote (Numida meleagris), é uma ave oriunda da África, mais precisamente da região ao sul do Saara e foi introduzida no Brasil na época da colonização portuguesa. A escolha pelas aves brancas não teve nenhum motivo especial, apenas para ser um diferencial mesmo, explica Cezar.

É claro que as galinhas não dependem apenas da caça de insetos para se alimentarem. Elas também recebem milho e ração. Durante o dia ficam soltas circulando pelo cemitério e à noite são recolhidas no galinheiro, explica o gestor, ao acrescentar que os funcionários do cemitério já se acostumaram com elas e aprenderam a cuidar.

O período de postura da d´angola vai de setembro a março. Em liberdade as fêmeas põem todos os ovos em um só lugar em um ninho coletivo em que somente chocam os ovos de cima. Esta semana encontrei um ninho com alguns ovos, mas são difíceis de chocar porque para a fertilização é preciso ter um controle de proporção entre machos e fêmeas, conta o funcionário do cemitério. Cada ave põe de 8 a 12 ovos por ano. 

Cemitério Parque 

Com capacidade para 15 mil sepultamentos, o Cemitério Angelus de Campo Mourão está em funcionamento há cerca de dois anos. Nesse período já foram realizados 45 sepultamentos particulares, além de outros 15 da cota de 100 vagas cedidas para a prefeitura para sepultamento de pessoas carentes. Segundo Cezar, atualmente o custo de um jazigo com duas gavetas para não associados é de R$ 7,5 mil. Para associados fica em R$ 5 mil.