Greve geral anunciada para hoje perde força e praticamente não tem adesão na Comcam

A greve geral anunciada para esta sexta-feira (14) foi frustrada praticamente em toda a Comcam. Na região, conforme levantamento feito pela TRIBUNA, houve manifestos em apenas duas de 25 cidades da região: Campo Mourão e Goioerê. Nem mesmo no município de Peabiru, cujo Sindicato dos Servidores Municipais havia confirmado ao jornal, na quarta-feira (12), que haveria uma paralisação geral, foi realizado protesto. 

Em Goioerê, de acordo com informações levantadas pela reportagem, apenas servidores do Instituto Federal do Paraná (IFPR), fizeram um movimento pela manhã.  Nos demais municípios, as atividades tanto na esfera municipal quanto estadual prosseguem normalmente. A APP-Sindicato, que representa os trabalhadores da educação pública do Paraná, não tinha um balanço sobre a adesão na região até à tarde desta sexta para repassar ao jornal. 

Em Campo Mourão, servidores estaduais, municipais e bancários aderiram ao movimento. Em relação à rede municipal, o sindicato teme que o movimento perca força após o município anunciar que descontará dos servidores. Porém, a convocação foi mantida, conforme o presidente do Sindiscam, Dione Clei Valério.   A paralisarão dos funcionários municipais está marcada para as 15 horas.   

Professores da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), com apoio de alguns alunos, também entraram em greve. Já os servidores da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), não aderiram à paralisação. Servidores da Unespar estão fazendo um aulão agora à tarde na praça São José e exposição de projetos e programas da Universidade.

Em Campo Mourão, as agências bancárias ficaram fechadas na parte da manhã, voltando a funcionar somente às 12. Elas funcionarão até às 15 horas, segundo informou a presidente do Sindicato dos Bancários Nivalda Roy. Uma passeata está marcada para às 17 horas. 

A greve geral de hoje, que acontece em várias partes do País, foi convocada por centrais sindicais. O movimento é contra a reforma da previdência, que altera pontos importantes, como o fim da aposentadoria por tempo de contribuição, obrigatoriedade de idade mínima de 65 anos para homens e de 62 para mulheres, aumento do tempo mínimo de contribuição de quinze anos para vinte anos e acaba com o cálculo para chegar ao benefício baseado nos 80% dos maiores salários, entre outros. A paralisação também se opõe aos cortes de verbas na educação.

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