70% dos homicídios em Campo Mourão neste ano já foram solucionados, afirma delegado

O número de homicídios registrados em Campo Mourão em 2025 já chega a 15, pouco mais da metade do total do ano anterior, quando foram 20. Para identificar os envolvidos e responsabilizá-los, o trabalho investigativo é fundamental. Apesar da quantidade de casos, o delegado Nilson Rodrigues da Silva, chefe da 16ª Subdivisão Policial, assegura que mais de 70% dos crimes já foram solucionados. “Mais de setenta por cento já está esclarecido”, afirmou à TRIBUNA.

Segundo ele, muitos dos casos em andamento estão “bem encaminhados”, resultado do empenho das equipes de investigação. O sucesso decorre da postura da Polícia Civil de não descartar nenhuma linha investigativa, explorando todas as possibilidades para elucidar os delitos. “A Polícia Civil não pode dispensar qualquer meio de prova que apareça”, disse, citando provas policiais, testemunhais ou obtidas por informações. A materialidade, como apreensão de armas ou depoimentos relevantes, garante o fechamento dos inquéritos e o encaminhamento ao Poder Judiciário.

A tecnologia também tem papel importante, com câmeras de monitoramento auxiliando na identificação de suspeitos. Cerca de 95% dos homicídios deste ano, conforme o delegado, têm ligação com o tráfico de drogas, considerado o principal motivador desses crimes no município. Ele reforçou que casos antigos também continuam sendo investigados, citando um homicídio de 2023 solucionado recentemente.

Operação Saturação

Além das investigações, a Polícia Civil atua na prevenção, com a Operação Saturação, em parceria com a Polícia Militar. A presença constante das equipes nas ruas tem contribuído para a redução da criminalidade. “A Operação Saturação propicia trazer tranquilidade para a sociedade de Campo Mourão”, afirmou o delegado, agradecendo à equipe e à parceria com a PM.

O planejamento da operação é baseado em levantamentos da equipe de investigação, focando em locais com maior incidência criminal. Outras subdivisões têm adotado ações semelhantes. “Para que não ocorra o crime, se previne retirando aqueles mal-intencionados dos locais onde se encontram”, disse Silva.

Respondendo a críticas nas redes sociais, o delegado explicou que o objetivo é proteger pessoas de bem, mesmo quando frequentam áreas visadas por criminosos. “Nós não vamos parar. Se precisar, vamos intensificar, nem que eu tenha que trazer policiais de fora para trabalhar aqui”, concluiu.