Morre homem que matou esposa a machadadas no início de dezembro

Morreu nesta segunda-feira (18), na UTI da Santa Casa de Campo Mourão, Genildo dos Santos Machado, 59 anos, que no dia 7 de dezembro do ano passado matou a esposa, Sueli de Fátima, a golpes de machado. Após matar a mulher, na residência do casal, ele tentou suicídio cortando o pescoço com uma faca, mas foi socorrido e desde então estava hospitalizado. 

Ele cometeu o crime após chegar embriagado e ser confrontado pela esposa, que avisou sobre o processo de separação. Furioso, Genildo atacou a mulher com um machado e ainda ameaçou matar a cuidadora do sogro dele, que tentou evitar a tragédia. Depois cortou o pescoço com uma faca e foi hospitalizado em estado grave. Segundo o hospital, o corpo ainda deve passar pelo IML antes de ser velado e sepultado.

O crime e o vício 

O crime ocorreu por volta das 16 horas de uma segunda feira, quando Genildo voltou bêbado do bar e não gostou de Sueli dizer que ele teria que deixar o imóvel, pois os papéis da separação estavam encaminhados. Ele apanhou uma machadinha e desferiu vários golpes na esposa. Depois atentou contra a própria vida.

A vítima lutava contra o vício do marido e dedicava seu tempo a cuidar do pai, de 94 anos, dependente de uma cadeira de rodas. A cuidadora que presenciou a tragédia, Édina, disse que o casal vivia em conflitos. “Eles brigavam direto. Ela queria separar. Ele não queria. Ela queria que ele saísse da casa. Ele não queria”, revelou a cuidadora em entrevista à TRIBUNA dias depois.

Genildo era mecânico de veículos pesados e era conhecido por socorrer
caminhoneiros em apuros nas estradas. Familiares contaram que no passado ele já bebeu muito, depois diminuiu, mas nunca parou. Com sinais de depressão, procurou um médico que receitou remédios, mas ele desistiu dos medicamentos e optou pelo álcool. 

Um dos membros da família disse em entrevista que a bebida dificultava o trabalho dele. A família afirma que apesar das brigas do casal, Genildo nunca demonstrou atitudes violentas contra a esposa. Era ficha limpa na Polícia. No ano passado foram registrados 29 homicídios em Campo Mourão, dos quais os últimos três do ano as vítimas foram mulheres.