Usina de etanol da Coamo será primeira do Paraná exclusivamente de milho

Com os projetos na fase final de conclusão, Campo Mourão está prestes a receber a primeira usina de etanol exclusivamente de milho. O investimento, de R$ 1,67 bilhão, será feito pela Cooperativa Agroindustrial Coamo, a maior do segmento na América Latina.

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Em entrevista à TRIBUNA, durante o Encontro de Cooperados, na última semana, na Fazenda Experimental, o presidente executivo da Coamo, Airton Galinari, lembrou que a obra foi aprovada em assembleia, em dezembro de 2023, mas que a Cooperativa já vinha com o desenvolvimento do projeto em si.

Ele destacou que a fase de projeto está bastante avançada.

Estamos agora ‘refinando’. Montamos toda equipe de engenheiros que vai conduzir o projeto e fazendo a seleção de fornecedores. Esta fase é a parte que mais se trabalha para não errar lá na frente. Logo, se Deus quiser, vamos estar na fase de obras mesmo, fazendo a terraplanagem e montagem dos equipamentos”, informou.

A usina será erguida ao lado do parque industrial da Cooperativa, às margens da rodovia PR-487, na saída para Luiziana. Ela terá uma capacidade de processamento de 1.700 toneladas de milho por dia, contemplando um sistema de cogeração de 30 MW (megawatts).

Galinari destacou que a indústria de etanol de milho é um sonho antigo. “De forma segura, temos certeza de que este é o momento certo para implantar esta nova fábrica, que terá novos produtos como combustíveis renováveis e farelo de milho. Iremos consumir 20% de todo o milho recebido pela cooperativa”, falou.

Investimentos

O presidente executivo lembrou que a Coamo investirá nos próximos três anos R$ 3,5 bilhões. A cifra foi definida em assembleia geral extraordinária em que os cooperados aprovaram investimentos nos três estados em que a cooperativa atua: Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul.

Entre as obras, serão modernizadas e ampliadas estruturas de recebimento, beneficiamento, secagem, armazenagem de produtos agrícolas, distribuição de insumos, produção de sementes e de escritórios administrativos.

Para melhorar o fluxo no atendimento e o escoamento da produção dos cooperados, será construído um entreposto em Campina da Lagoa e três unidades de recebimento em Mato Grosso do Sul, nas regiões de Amambai, Dourados/Ponta Porã e Sidrolândia.

Galinari destacou que são investimentos necessários que contemplarão melhorias com novos secadores, balanças, máquinas de pré-limpeza, fluxos de recebimento, entre outros, em razão dos grandes volumes de recebimento, que irão propiciar uma melhor estrutura na recepção e armazenagem para facilitar o trabalho de logística.

No período 2024/2026, a Coamo ainda investirá na aquisição de equipamentos para o processamento e armazenamento das informações do sistema de atendimento aos cooperados, serviços e comunicação de dados para atualização e ampliação das soluções tecnológicas na área de tecnologia da informação (TI). Os investimentos serão realizados de acordo com a capacidade operacional de execução das obras e adequação ao fluxo de caixa da empresa.