Chuva com ventos de até 121 km/h deixa estragos em Ubiratã e Campina da Lagoa
A tão esperada chuva que atingiu a região na madrugada desta segunda-feira (22) deixou também muitos estragos e prejuízos nos municípios de Campina da Lagoa e Ubiratã, na região de Campo Mourão.
Em Ubiratã, segundo o Simepar, por volta da 1h15 da madrugada, os fortes ventos atingiram 121 km/h, causando a queda de inúmeras árvores pela cidade. Em um dos casos, uma árvore de grande porte caiu sobre um carro que ficou bastante danificado.
Foram registradas quedas de árvores também em casas e prédios públicos, que tiveram a estrutura afetada. A Defesa Civil do município faz um balanço dos estragos. O prefeito do município, Fábio D’Alécio, informou que, apesar do susto e prejuízos, ninguém ficou ferido. “Infelizmente algumas árvores não resistiram à força da natureza. Mas, graças a Deus, só danos materiais”, falou. Equipes da Secretaria de Obras do município estão empenhadas na limpeza da cidade e remoção das árvores caídas para desobstrução das vias.
O forte temporal atingiu também a cidade de Campina da Lagoa, que registrou 75 milímetros de chuva. O volume expressivo de água provocou alagamentos em ruas e avenidas. Foi registrado também um forte vendaval que causou a queda de árvores e galhos, gerando interrupções no fornecimento de energia elétrica.
Em cidades próximas, como Nova Cantu e Altamira do Paraná, também houve registros de apagões. As rodovias que ligam essas cidades amanheceram obstruídas com a queda de árvores, como a PR-239, que liga Campina da Lagoa a Nova Cantu, e a PR-364 a Altamira do Paraná. Equipes da Defesa Civil e da Copel trabalham desde as primeiras horas do dia para liberar os acessos e restabelecer o fornecimento elétrico.

A cidade de Campo Mourão também foi atingida por uma forte tempestade. Os ventos atingiram 71,3 km/h às 2h15 da madrugada, conforme o Simepar. Apesar do susto, não há informações de prejuízos ou estragos em decorrência da ventania na cidade. Porém, o município amanheceu coberto por muita sujeira de galhadas de árvores.
De acordo com o meteorologista do Simepar, Leonardo Zucuni Furlan, uma frente fria, associada ao aprofundamento de um sistema de baixa pressão no oceano, na altura do Uruguai, deu origem a um ciclone extratropical e avançou rapidamente pelo Paraná na madrugada desta segunda-feira, provocando os temporais em diversas regiões do estado. “A atmosfera tornou-se ainda mais instável devido ao desenvolvimento de uma área de baixa pressão no Paraguai e ao intenso fluxo de calor e umidade advindo da Bacia Amazônica. Esse cenário favoreceu tanto o surgimento de tempestades severas isoladas quanto o desenvolvimento de um Sistema Convectivo de Mesoescala (SCM), que avançou sobre o Paraná com tempestades organizadas em linha”, explicou.
Nesta segunda-feira, o tempo permanece instável no estado do Paraná em decorrência da passagem da frente fria. As condições atmosféricas continuam favoráveis à ocorrência de tempestades, principalmente na metade leste do estado, com previsão de redução gradual desses eventos ao longo do dia. “Durante a tarde, com o avanço do eixo do sistema frontal em direção à região Sudeste do país, observa-se um aumento da estabilidade atmosférica, inicialmente nas regiões Oeste e Sudoeste, expandindo-se progressivamente para as demais áreas do estado”, informou o Simepar.

