Desfiliação de Câmara deverá destituir diretoria da Acamdoze
A diretoria da Associação de Câmaras de Vereadores da Microrregião Doze (Acamdoze) deverá ser destituída. Isso porque a Câmara de Engenheiro Beltrão, da qual faz parte o presidente Luiz Tavares Rosa e outros três membros da diretoria, aprovou a desfiliação da entidade. Como o estatuto só permite na diretoria vereadores de câmaras filiadas, a destituição é automática.
“Vou marcar uma reunião para sexta-feira e consultar o jurídico para ver qual o caminho a ser tomado”, disse o presidente. Interinamente, deve assumir a presidência o 1º secretário, Olímpio de Oliveira Caetano, vereador de Araruna.
A desfiliação da Câmara de Engenheiro Beltrão foi aprovada por 5 votos a 3. É a segunda a desfiliar-se este ano. A primeira foi Peabiru. A de Quinta do Sol também já sinalizou em aprovar a desfiliação. Permanecem filiadas as câmaras de Araruna; Boa Esperança; Campo Mourão; Corumbataí do Sul; Farol; Fênix e Terra Boa.
Para Luiz Tavares Rosa, a aprovação da desfiliação da Câmara de Engenheiro Beltrão é perseguição política. “Eles querem que eu fale a língua deles. Foi tudo arquitetado pelo grupo político que apoia o prefeito”, afirma Luizinho. Ele diz que em pouco mais de quatro meses já conseguiu várias ações e parcerias em prol da região.
Já o vereador Gustavo Veterinário, que é o 1º tesoureiro da Acamdoze e propôs a desfiliação, disse que ele e os colegas que votaram não aprovaram a metodologia de trabalho do presidente. “A gestão dele é voltada a benefício próprio e não a Acamdoze. Mesmo com a arrecadação baixa e desfiliações de Câmaras, ele tem aumentado as despesas”, argumentou, ao negar qualquer tipo de perseguição ou interferência política do prefeito na decisão dos vereadores.
