Mãe acusa professora de discriminação racial contra aluna negra

A moradora de Goioerê, Daiane Silva, registrou um boletim de ocorrências e também publicou denúncia em rede social onde afirma que a filha, de 13 anos, foi vítima de discriminação racial por parte de uma professora substituta. A menina estuda no Colégio Estadual Jardim Universitário, em Goioerê. A direção do colégio afirma que já tomou as providências cabíveis e que a professora nega ter ofendido a aluna, mas mesmo assim teria pedido desculpas.

“Eu e minha filha não tivemos apoio da escola, nem do Núcleo de Educação. Estão protegendo essa professora, que já vinha implicando com minha filha e não compareceu na reunião com o Núcleo para tratar desse assunto”, afirma Daiane. Ela relata que o episódio ocorreu em sala de aula, quando a filha pediu para lavar as mãos, que havia sujado com corretor líquido de texto. “A professora mandou ela passar o corretivo no rosto para ver se ficava branca e no cabelo”, afirma a mãe.

A mulher alega ainda que pediu uma reunião com a direção da escola e do Núcleo, mas a professora não compareceu. “Se eles acham que vai ter uma próxima vez, estão muito enganados. É minha filha e vou defender sim. Eles querem abafar o caso”, reclama a mãe, que trabalha como diarista. A professora, que não mora em Goioerê, não teve o nome revelado.

A diretora do colégio, Marli Adriane, disse por telefone à TRIBUNA que as providências pertinentes à direção foram tomadas. “Reuni o Conselho Escolar, o Núcleo de Educação, a mãe, a aluna e a professora e tudo foi esclarecido. A professora foi advertida, disse que em nenhum momento teve intenção de ofender e pediu desculpas à aluna, que entendeu a situação. Não sei o que mais a mãe quer”, disse a diretora.

Segundo a diretora, a aluna teria sido advertida pela professora porque estava brincando com o telefone celular quando deveria estar fazendo atividades na sala. “Esse assunto foi discutido e resolvido internamente, mas parece que a mãe não ficou satisfeita e foi procurar seus direitos. De forma alguma compactuamos com qualquer tipo de discriminação, mas entendo que não foi o caso ocorrido e tudo o que foi tratado está registrado”, complementa a diretora.