Morador encontra grande quantidade de roupas e calçados descartados em propriedade de Roncador

Morador de uma propriedade rural às margens da Rodovia Vassílio Boiko, em Roncador, há 40 anos, Joaquim Salkovski se deparou nos últimos dias com uma cena preocupante: uma grande quantidade de roupas e calçados descartados irregularmente em uma área de mata dentro de sua chácara. “Parece um lixão”, lamentou o proprietário do local.

Indignado com a situação, o morador expôs o fato inicialmente por meio de suas redes sociais. Após a publicação, o portal de notícias local Você e Região foi até a propriedade para registrar o descaso. Ao tomar conhecimento do caso, a TRIBUNA também entrou em contato com o proprietário, que falou como encontrou os materiais espalhados pela mata. “Andando na chácara, comecei a olhar a pouca vergonha do povo”, falou Salkovski, revoltado.

O morador se deparou com a cena, que mais parecia um “lixão” de roupas e calçados, enquanto caminhava por uma área de reserva da propriedade, onde costuma visitar minas e nascentes. No entanto, pelo estado dos diversos sacos espalhados nas proximidades, ele estima que os produtos foram jogados no local há, pelo menos, 40 dias.

Logo próximo à rodovia, Salkovski já havia identificado alguns sacos descartados. No entanto, ao adentrar mais a área de mata, o cenário foi se tornando mais preocupante: a quantidade de sacos espalhados é ainda maior. Ao abrir os pacotes com um pedaço de madeira, ele identificou que havia roupas em bom estado, que poderiam ser usadas por quem precisa.

Calças de moletom infantil, roupas de adultos, botas e tênis foram alguns dos vários itens encontrados no local. “Tanta pessoa que está precisando”, lamentou o morador. “Eu peço a esse povo da nossa comunidade de Roncador: põe a mão na consciência e pense no próximo”, alertou.

Além do descarte irregular que transformou o ambiente em um verdadeiro “lixão”, o que também preocupa o proprietário é a proximidade do local com nascentes de água. Segundo ele, o acúmulo de roupas e calçados pode comprometer o meio ambiente e contaminar os recursos hídricos da região.

Salkovski comentou, ainda, que, por sua propriedade ficar perto da rodovia, essa não foi a primeira vez que se deparou com o descarte irregular de roupas na área de reserva. No entanto, segundo ele, essa foi a maior quantidade já encontrada no local.

“Cada passo, aparecia, mas não era uma quantidade grande”, relatou, explicando que, em situações anteriores, geralmente encontrava uma ou duas sacolas, que ele mesmo recolhia e destinava para o caminhão da coleta de lixo da prefeitura. “Agora não, foi uma quantidade muito grande”, afirmou, surpreso com a proporção do descarte.

O morador informou que pretende procurar a prefeitura ainda hoje para verificar quais medidas poderão ser tomadas para recolher e retirar os materiais descartados de sua propriedade. “Tem que retirar aquilo de lá, porque, primeiro passo, lá não é um lixão, e aí tomar uma providência daquela roupa, para saber o que vai ser feito”, falou.