Projeto infantil promove contato das crianças com a natureza em Peabiru
Um trabalho que vai além da sala de aula no Centro Municipal Infantil (CMEI) Arco-Íris de Peabiru está levando crianças de 2 e 3 anos do Infantil 2 a explorarem o mundo à sua volta, literalmente, de forma lúdica e sensorial.
O projeto “Vento no rosto, mão na terra”, conduzido pela professora Lorene Bonete Malizan dos Santos, juntamente com as docentes Liliane Barbosa e Janaina Vieira, tem como objetivo proporcionar aos alunos momentos de descoberta, contato com a natureza e brincadeiras ao ar livre, longe das telas e do ambiente fechado de casa.

A princípio, a intervenção pode ser considerada simples, mas faz toda a diferença na relação que os estudantes começam a estabelecer com a natureza, promovendo, inclusive, a socialização, a cooperação e a criatividade logo na educação infantil, garante a professora Lorene.
“Nosso objetivo é mostrar que não é preciso brinquedos caros ou espaços sofisticados para que as crianças aprendam e se divirtam. A própria natureza nos oferece tudo: terra, folhas, flores, água, vento e sol. Cada elemento é uma oportunidade de explorar, sentir, observar e criar”, resumiu a docente.
A proposta, que teve início no dia 4 de agosto, buscou explorar um elemento da natureza – terra, água, ar e fogo (luz) – a cada semana. Para efetivar o aprendizado e as experiências da turma, envolveu diversas atividades, tanto internas quanto externas à escola.

Entre as ações realizadas na escola, os alunos participaram de brincadeiras com água, fizeram pintura utilizando gravetos, plantaram sementes de alpiste, confeccionaram um boneco de papelão coberto com elementos que eles mesmos trouxeram de casa, incluindo folhas de diferentes tamanhos e formatos, flores, gravetos e sementes, entre outras atividades.
Já as ações externas envolveram soltura de pipas no Estádio Municipal, plantio de árvores e observação da natureza na Trilha Caminhos de Peabiru, visita a uma propriedade rural para observar os elementos presentes no local, passeio na Vila Rural próxima ao CMEI, dentre outras. “Somos gratas por cada sorriso e pelo brilho nos olhos das crianças a cada descoberta. Esses momentos dão sentido a todo o projeto”, expressou a educadora.

Lorene ressaltou a importância do trabalho logo no início da escolarização. “Quando as crianças brincam ao ar livre, elas desenvolvem não apenas o corpo – correndo, pulando, explorando – mas também a mente. Elas aprendem sobre o mundo ao seu redor, sobre o ciclo da vida das plantas, sobre os animais, sobre o vento que sopra, sobre o sol que aquece. Elas experimentam sensações e descobertas que nenhum tablet ou televisão consegue oferecer”, explicou.
Para tornar os resultados da ação ainda mais eficazes, as famílias das crianças também são incentivadas a dar continuidade nas atividades fora da unidade escolar. Para isso, no encerramento do projeto, nesta sexta-feira (12), os pais ou responsáveis participarão de uma mostra das atividades realizadas ao longo das semanas anteriores.

Como forma de instigá-los nesse processo, as professoras também pensaram em uma intervenção. “Eles levarão para casa o copinho com a planta que as crianças plantaram (alpiste), uma pipa e também um galho com fitas de crepom para brincar no vento”, adiantou a docente. “Mais do que ensinar, queremos encantar”, observou Lorene, ao enfatizar que é possível aprender de forma natural e criativa, por meio de atividades planejadas e direcionadas.


