Projeto que pede redução do subsídio de políticos é protocolado e presidente promete ‘toda atenção’

Com 428 assinaturas de moradores, foi entregue na tarde dessa segunda-feira (22), projeto de iniciativa popular que pede a redução dos subsídios de políticos na cidade – prefeito, vice-prefeito, vereador e secretários municipais-, para a próxima gestão (2021/24). Eram necessárias 366 assinaturas para que o documento fosse aceito pelo Legislativo. 

O projeto teve como incentivadores os moradores Mário Aparecido Hruba e Messias Kalinoski.  Ele sugere a redução dos salários em até 30%. Com 9.849 habitantes, atualmente o subsídio do prefeito em Roncador é de R$ 20.500,00; vice-prefeito R$ 5.500,00; vereador e secretários R$ 5.791,61. Pela proposta, o prefeito passaria a receber R$ 14.350,00; vice-prefeito (R$ 1.045,00) e vereador e secretários (R$ 3.850,00). 

A reportagem da TRIBUNA conversou com o presidente da Câmara Municipal nesta terça-feira (23), José Carlos da Silva Campos (PSL). Ele prometeu ‘toda atenção’ à iniciativa popular. “O projeto foi protocolado ontem na secretaria. Agora as assinaturas serão todas conferidas para saber se as pessoas que lá estão realmente são moradores do município”, falou. Em seguida, o mesmo passará pelas comissões da Câmara, falou o presidente. “Se estiver tudo ‘ok’ seguirá em frente”, informou. 

Silva lembrou que o regimento interno da Câmara preconiza que a fixação dos subsídios de políticos do município é ‘exclusiva da Câmara’. “Não é o povo que vai decidir. Pode até reivindicar, e os vereadores acatar ou não”, falou. “A vontade do povo é soberana, a gente entende que a população é quem detém o poder, está na Constituição isso. Não questionamos a vontade popular, às vezes questionamos a vontade de alguns que querem que a população engula suas vontades”, emendou. 

De acordo com os organizadores do projeto popular, uma cópia do documento foi entregue também ao Ministério Público da Comarca. “De sexta-feira até ontem foi de muita mobilização. Agora cabe a Câmara de Vereadores votar ou engavetar o projeto”, dizem.  A Câmara de Vereadores tem até três meses antes da eleição para fixar o subsídio dos políticos da próxima gestão. A lei deve estar publicada e sancionada neste prazo para valer.