Roncador comemora 64 anos com três dias de festa e lançamento dos pratos típicos

A Prefeitura de Roncador definiu a programação de aniversário de 64 anos de emancipação político-administrativa do município. Com diversas novidades nesta edição e vasta programação de atrações gratuitas para o público, serão três dias de festa, de 7 a 9 de novembro. A primeira novidade começa com o local do evento. Este ano, acontecerá no Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Cachoeira da Saudade, no centro da cidade.

O espaço foi utilizado para o 8º Inverno Gastronômico, o qual foi considerado um sucesso pelos organizadores. Por isso, a estrutura no local será montada novamente, agora de forma ampliada, para receber o grande público local e da região que é esperado para o evento. Também de forma inédita, o município realizará o lançamento dos pratos típicos, que foram, inclusive, definidos durante o Inverno Gastronômico deste ano.

O Porco Tropeiro, preparado pelo Rotary Club de Roncador, e o Perohê, preparado pela Associação Vesná de Roncador, serão servidos no domingo (9), último dia da festa. Segundo os organizadores, em breve, os convites serão colocados à venda no valor de R$ 75,00 (adulto) e R$ 50,00 (crianças de 6 a 10 anos). Cada convite acompanha prato oficial e talheres.

Como o município tem a peculiaridade de possuir dois pratos típicos, ao adquirir o ingresso, o participante poderá se servir livremente de ambos, quantas vezes desejar, no período das 11h30 às 14 horas. Após o almoço, haverá show com Janderson Moraes e com a dupla Fiduma e Jeca, além de animação com o DJ Poollak. Somente no domingo, a expectativa é receber 4 mil pessoas para o almoço.

A prefeita municipal, Dra. Marília Bento Gonçalves, destacou a importância da participação da população para celebrar as conquistas do município. “Este é um momento especial de união e reconhecimento da nossa história. Que possamos comemorar juntos cada conquista, cada passo dado na construção de uma Roncador mais próspera e acolhedora”, disse.

Demais atrações

A cerimônia de abertura da festa será na noite do dia 7 de novembro (sexta-feira). Em seguida, a animação do público ficará por conta da Banda Kings. No sábado (8), a festa continua com show de Paulinho Mocelin e DJ Poollak. Além disso, o espaço contará com praça de alimentação com diversidade gastronômica e espaço kids gratuito com brinquedos infláveis nos três dias.

O evento é promovido pela Prefeitura Municipal, com apoio da Itaipu Binacional, Governo do Estado do Paraná (Secretaria do Turismo), Sicredi, Sanepar, C.Vale, Coamo, Infobras e CTG Cachoeira da Saudade. Rei Produções é responsável pela produção da festa.

O Porco Tropeiro é preparado com carne de porco assada na churrasqueira e servido acompanhado de maionese cremosa de mandioca, farofa crocante, salada colorida e arroz

Porco Tropeiro

Prato à base de carne suína, o Porco Tropeiro está ligado às raízes tropeiras. A suinocultura foi um dos pilares econômicos da região centro-oeste – na qual Roncador se insere – entre os anos 1880 e 1960, marcando a força da tradição tropeira e rural no município. Além da carne de porco assada na churrasqueira de forma lenta a 360ºC, para garantir o cozimento uniforme, com leve toque defumado, o prato é servido com maionese de mandioca cremosa, farofa crocante, salada colorida e arroz.

O Perohê, de origem ucraniana, serve massa delicada à base de trigo cozida e recheio cremoso, e acompanha arroz, molho vermelho com cebola, tomate e bacon, assim como coxa e sobrecoxa assadas

Perohê

De origem ucraniana, o Perohê de requeijão com batata está bastante presente na mesa dos roncadorenses, devido ao grande número de famílias descendentes de ucranianos – cerca de 45% da população local. Feito com massa delicada à base de trigo cozida e recheio cremoso, ele acompanha arroz, molho vermelho com cebola, tomate e bacon, assim como coxa e sobrecoxa assadas.

O município

O município de Roncador tem suas raízes no desmembramento de Campo Mourão, que, por sua vez, surgiu a partir da divisão do território de Pitanga. Originalmente, em 1906, Guarapuava era o principal polo de comercialização de uma área de 54.540 quilômetros quadrados, equivalente a um quarto do estado do Paraná. Com sucessivos desmembramentos, nasceram outros municípios, como Palmas, Prudentópolis, Foz do Iguaçu, Laranjeiras do Sul e Pitanga, até chegar à formação de Roncador.

De Guarapuava, partiram grupos exploradores para o sertão inóspito. Em 1915, a Comissão Exploradora de Terras iniciou a abertura do terceiro “Picadão”, que ia de Guarapuava ao estado de Mato Grosso. Ao passar pela região, a comissão acampou próxima a um rio, que recebeu o nome de Roncador devido ao estrondo ensurdecedor da água e ao barulho do vento entre os pinheiros. Mais tarde, esse nome foi adotado pelo município.

Assim, originou-se o nome da cidade, que, em 1960, teve como prefeito nomeado João Otales Mendes. Em 1961, ocorreu a emancipação político-administrativa, e o município teve como prefeito, entre 1961 e 1965, Eleutério Galdino de Andrade. Atualmente, a cidade é administrada pela prefeita Dra. Marília Bento Gonçalves (União).

Roncador é um dos poucos municípios do Brasil a contar com dois padroeiros – e, agora, com dois pratos típicos também. Além de São Pedro (29 de junho), a cidade venera São Nicolau (6 de dezembro), que é o santo protetor dos ucranianos.

O município passou a ganhar a “proteção” desse segundo santo em homenagem às tradições e influências ucranianas presentes em Roncador. Os próprios vereadores da cidade se mobilizaram e criaram o projeto de Lei n.º 10/84, instituindo o segundo Feriado Municipal, no dia 6 de dezembro.

Serviço

Em breve, os convites para os pratos típicos serão colocados à venda em pontos informados pelos canais de comunicação oficiais da Prefeitura.