Com 3,5 milhões de pessoas vacinadas, taxa de detecção de Influenza cai para 4% no Estado
A circulação do vírus Influenza A segue em queda no Paraná, conforme mostram os dados atualizados nesta semana pelo Laboratório Central do Estado (Lacen). A taxa de detecção do vírus caiu de 12,47% para 4% em duas semanas, indicando uma desaceleração da doença. A vacinação contra a gripe tem sido apontada como fator essencial para esse avanço.
De acordo com o Ministério da Saúde, o Estado tem a segunda maior cobertura vacinal do País entre os grupos prioritários, com 53,12% de adesão. Até agora, 3.541.812 doses já foram aplicadas na população. Desde o início da campanha, o Paraná distribuiu 4.358.000 doses da vacina para os 399 municípios.
Para o secretário estadual da Saúde, Beto Preto, o avanço da imunização tem impacto direto na redução dos casos. “Essa redução de casos é um reflexo claro da vacinação em larga escala. Passamos de 3,5 milhões de doses aplicadas e continuamos incentivando a imunização. A vacina tem que chegar no braço das pessoas, não pode ficar parada”, afirma.
Embora exista uma redução da Influenza, outros vírus respiratórios mantiveram estabilidade. O vírus sincicial respiratório (RSV) agora representa 20,78% das amostras analisadas pelo Lacen, número similar aos 21,98% registrados na semana anterior. Já o Rinovírus também apresentou tendência de queda, aparecendo em 24,23% das amostras, número inferior aos 29,24% registrados na última semana.
“O panorama epidemiológico está em transformação. A Influenza cede espaço, enquanto outros vírus aumentam sua presença. Isso reforça a importância de mantermos os cuidados básicos de prevenção”, ressalta o secretário.
Em 2025, o Paraná já confirmou 19.832 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), com 1.213 mortes. A Influenza responde por 5.789 desses casos e 171 óbitos. Entre os grupos mais afetados pelas SRAGs estão crianças de até seis anos (7.675 casos) e idosos com mais de 60 anos (7.221). Os idosos também concentram o maior número de mortes, com 892 registros.
Prevenção
Além da vacinação, outras medidas de prevenção são fundamentais para reduzir a circulação dos vírus respiratórios, especialmente em ambientes frequentados por crianças.
A higienização frequente das mãos, principalmente antes das refeições ou após tossir e espirrar. Quando não houver disponibilidade de água e sabão, o uso de álcool em gel a 70% deve ser incentivado. É igualmente importante cobrir o nariz e a boca ao tossir ou espirrar, evitar tocar olhos, nariz e boca com as mãos não higienizadas, e não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, copos ou garrafas.
Manter os ambientes ventilados, evitar aglomerações e o contato próximo com pessoas com sintomas gripais também ajuda a reduzir a transmissão. Crianças e adultos que apresentem sinais da doença devem ser afastados temporariamente de atividades escolares ou de trabalho até pelo menos 24 horas após o fim dos sintomas.
Hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão adequada de líquidos, também fortalecem o sistema imunológico. Em caso de sintomas como febre repentina, mal-estar, dor de garganta, tosse seca, dores musculares ou articulares, além de vômitos, diarreia ou rouquidão, é fundamental buscar atendimento médico o quanto antes.

