A bem da verdade
O uso do cachimbo deixa a boca torta. No jornalismo político também. Quando se vê uma nota estranha logo se terá adiante a confirmação de que havia intenção no registro. Dia desses um veículo de imprensa publicou uma foto do prefeito Luciano Ducci, recebendo uma premiação pela vitória de um touro de alta linhagem, de sua propriedade, estranhando essa faceta desconhecida do médico/prefeito curitibano, funcionário como a esposa, também médica há muito anos da prefeitura curitibana. A insinuação era sobre como Luciano e Marry, tornaram-se proprietários de fazenda de pecuária com salários profissionais! Como o sobrenome de Marry é Dalprá, ficou para este colunista uma dúvida: há família Dalprá na Região Metropolitana de Curitiba e outra com o mesmo sobrenome na região noroeste. O que deu ao colunista a certeza de se tratar dos Dalprá que conhece, é a ligação com a pecuária. De um deles o colunista privou da amizade, até pelo vínculo com a política. Dionísio Dalprá (tio de Marry) foi prefeito de Paranavaí e deputado federal. Todos eles, por influência do pai, inicialmente voltados à cafeicultura, em grande propriedade que o velho Dalprá implantou. Decadente a fase do café na região noroeste (arenito Caiuá) os irmãos voltaram-se à pecuária, estendendo-se a Matogrosso e Goiás. Se a revista Veja, com reportagem sobre as propriedades da família que hoje o prefeito curitibano e a esposa conservam, tivesse realizado uma simples investigação, saberia que essa é a origem de seu respeitável patrimônio e não os salários que usufruíram como médicos. Um dado a mais nesse registro: Dionísio, excelente figura, foi vítima da chifrada de um touro, quando lidava com o gado nelore no curral de uma das fazendas. Contam os conhecidos ter sido esse impacto que o levou à morte. Com a divulgação a revista coloca fogo numa campanha curitibana que tem tudo para ser pesadíssima.
Confusão geral
Se por aqui, o fato de Gustavo Fruet, crítico acerbo do mensalão, já cria constrangimentos para sua união com o PT; Ratinho Jr., use ao PR que tem ummensaleiro, Valdemar Costa Neto em seu comando: se Greca, cria de Jaime Lerner, é hoje requianista de carteirinha; se Luciano tem em sua fileira um Doático, também cria de Requião, no restante do país não é diferente.
Tudo, menos isso!
Um fato é notório: em São Paulo, a ex-prefeita Luiza Erundina foi se abrigar no PSB, depois de praticamente alijada do PT. Vai agora ser vice de Fernando Haddad, candidato imposto por Lula, o homem que a defenestrara do PT. Pior: Por uma vaga no setor de Saneamento no governo Dilma, vão (ela e Haddad) receber apoio de Paulo Maluf. Já disse e repito: Morro e não vejo tudo.
Surpresa!
Quando se imaginava que a vice na chapa de Gustavo Fruet, até pelo apoio explícito do casal que celebrou o casamento de Gustavo com o PT que tanto fustigara como deputado federal, seria a presidente municipal Roseli Isidoro, uma militante pouco conhecida do público que não milita no partido, advogada Miriam Gonçalves, venceu a parada: 113 votos contra os 100 de Roseli. Uma espécie de vingança de Dr. Rosinha e deputado Tadeu Veneri.
Vice ideal
Ao assumir que é definitivamente candidato à reeleição após a matéria da Veja, anunciando o óbvio, o prefeito Luciano Ducci revelou que a candidata ideal a vice de sua chapa seria a secretária Fernanda Richa, esposa do governador e dona de grande prestígio nas áreas mais carentes de Curitiba, por sua atuação na FAS. Como não é possível sei que ela vai trabalhar na campanha até mais que o Beto, acredita Ducci.
Em choque
A legislação ambiental brasileira é uma das mais adiantadas do mundo. Pena que na prática a realidade seja outra. Às vésperas de realização da Rio + 20, da qual aliás pouco se espera, fica constatação de que os investimentos em projetos ambientais e saneamento básico são irrisórios.Sobrarão discursos para compensar a falta de ações.
