Cidades da região aparecem em Ranking Nacional de Acesso a Saneamento Básico

Ao menos 8 cidades da região da Comcam aparecem no Ranking Nacional de Acesso a Saneamento Básico, feito pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), inclusive Campo Mourão, que se destaca na pesquisa. Segundo o Ranking 2018 da Universalização do Saneamento, de 1.894 cidades avaliadas, 1.613 ou 85% do total ainda estão longe de oferecer saneamento básico para toda a população.

Com 499,98 pontos, Campo Mourão é o 7º município do país e o 2º do Paraná, entre as cidades de pequeno e médio porte no ranking de acesso a saneamento básico. Isso enquadrou a cidade na categoria rumo à universalização, conforme a pesquisa. Apenas cidades acima de 489 pontos pertencem a este grupo, sendo que a nota máxima é 500.

O levantamento avaliou o percentual da população com acesso aos serviços de abastecimento de água, coleta de esgoto, tratamento de esgoto, coleta de resíduos sólidos e o quanto desses resíduos recebem destinação adequada.

De acordo com o levantamento, 99,99% da população de Campo Mourão é abastecida com água tratada e 99,99% conta com coleta de esgoto sendo que 100% do esgoto é tratado. Ainda conforme o estudo, 100% dos moradores são atingidos pela coleta de resíduos sólidos assim como a sua destinação adequada.

Aparecem ainda no ranking, na categoria empenho para a universalização, as cidades de Araruna com 405,81 pontos; Goioerê (404,40); Mamborê (403,58); Terra Boa (364,98); Corumbataí do Sul (388,39); Ubiratã (367,43); e Barbosa Ferraz (353,31). Todas estas cidades apresentam ou estão elaborando um plano de saneamento básico.

De acordo com a ABES, apenas 4 cidades do Brasil alcançaram a universalização do acesso aos serviços de abastecimento de água, coleta de esgoto, tratamento de esgoto e coleta de resíduos sólidos. Somente 80 cidades, cerca de 15%, atingiram a pontuação para serem classificados na categoria mais alta – Rumo à universalização –, e as únicas que receberam nota máxima (500 pontos), por terem alcançado 100% da população em todos os serviços de saneamento básico foram São Caetano do Sul, Piracicaba, Santa Fé do Sul e Uchoa, todas no estado de São Paulo.

Entre as capitais, a melhor avaliada foi Curitiba, a única que atingiu pontuação suficiente para ser classificada na categoria “rumo à universalização” (acima de 489 pontos). Na sequência, estão Goiânia, Belo Horizonte, São Paulo, João Pessoa, Salvador e Porto Alegre. A pior avaliada foi Porto Velho, a única enquadrada no patamar mais baixo do ranking: “primeiros passos para a universalização”.

No quesito abastecimento de água, Curitiba, João Pessoa, Porto Alegre e Florianópolis atendem 100% da população. Em tratamento de esgoto, Curitiba, Salvador, Maceió e Brasília alcançaram a universalização. Veja quadro abaixo:

Para entender o ranking

O ranking avaliou nesta edição 1.894 municípios de todas as regiões do país, o que corresponde a 34% do total e 67% da população do país. O levantamento reuniu os últimos dados disponibilizados pelo Sistema Nacional de Informações de Saneamento, do Ministério das Cidades.

O levantamento apresenta o percentual da população das cidades brasileiras com acesso aos serviços de abastecimento de água, coleta de esgoto, tratamento de esgoto, coleta de resíduos sólidos e o quanto desses resíduos recebem destinação adequada.

Os municípios foram divididos em 4 categorias, segundo a pontuação: rumo à universalização (80), compromisso com a universalização (201), empenho para a universalização (1342) e primeiros passos (271).

No quesito abastecimento de água, apenas 59 municípios atingiram a pontuação máxima. Entre as cidades de pequeno e médio portes que atingiram a pontuação máxima, 95% (39) são do Sudeste. Apenas Tamandaré (PE) e Ibiporã (PR) alcançaram essa pontuação nas regiões Nordeste e Sul, respectivamente.

Ainda segundo o ranking, chama a atenção a falta de destinação adequada dos resíduos sólidos na maioria dos municípios enquadrados na categoria “Primeiros passos para a universalização”.

Segundo a ABES, a análise dos dados de sanemaneto e e de saúde mostram ainda que quanto maior o acesso aos serviços de água e esgoto, menor a incidência de internações por doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado.

Saúde

A ausência de saneamento adequado e a falta de higiene têm impactos negativos significativos à saúde da população. A UNICEF aponta que elas são responsáveis por aproximadamente 88% das mortes por diarreia, segunda maior causa de mortes em crianças menores de 5 anos de idade. A Organização Mundial da Saúde exibe diagnóstico semelhante, revelando que 94% dos casos de diarreia no mundo são devidos à falta de acesso à água de qualidade e ao saneamento precário.

Em virtude de indicadores como esses, as Nações Unidas definiram na Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável o Objetivo 6 que visa assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todos. O alcance deste objetivo passa por alcançar o acesso universal à água potável e ao saneamento de forma geral e também à melhoria da qualidade da água.

Cidades com melhor

avaliação no Paraná

Cambé

Cascavel

Curitiba

Londrina

Maringá

Campo Mourão

Cornélio Procópio

Guaratuba

Ibiporã