Energia solar e o desenvolvimento econômico no Ceará: uma aliança verde

A energia solar fotovoltaica é uma das alternativas mais limpas e sustentáveis de produzir e fornecer energia à população. Somente no Brasil, a implementação da energia solar evitou a emissão de 58,6 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO₂), de acordo com dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR).

Isso é possível porque, conforme abordado em artigo sobre energia solar escrito e publicado pela ExpressVPN, provedora de rede privada virtual, a eletricidade gerada por paineis fotovoltaicos é significativamente menos poluente que outras fontes de energia, sendo 12 vezes menor do que a quantidade de CO₂ produzida por gás natural e 20 vezes menor do que a gerada por carvão.

Além dos benefícios ao meio ambiente, a energia solar também tem sido uma força motriz para impulsionar a economia e gerar empregos em todo o país. Nesse cenário, o Ceará se destaca como um dos estados mais favorecidos com o crescimento da produção de energia solar.

Estado destaque em geração distribuída e centralizada de energia solar

A geração distribuída de energia diz respeito aos sistemas de microgeração e minigeração que distribuem energia solar fotovoltaica implantados em residências, comércios, indústrias, prédios públicos e propriedades rurais.

Segundo infográfico baseado em dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e da ABSOLAR, o estado do Ceará ocupa a décima primeira posição no ranking estadual de geração de energia distribuída, representando 3,3% da potência instalada total da nação, com 1.079,6 MW. A capital do estado, Fortaleza, é responsável por 247,9 MW do valor total.

O Ceará também está em posição de destaque em relação à potência instalada de geração centralizada, isto é, produção de energia solar por grandes usinas fotovoltaicas outorgadas do mercado regulado e do mercado livre por cada estado.

No ranking, que inclui as usinas em operação, em construção e com a construção ainda não iniciada, o estado nordestino ocupa o quarto lugar com 18.546 MW de potência instalada, atrás apenas de Minas Gerais (41.923,8 MW), Bahia (26.666,1 MW) e Pernambuco (22.924,9 MW).

O total estimado de investimentos em usinas solares, no Ceará e em outros 16 estados brasileiros, é de R$ 435,2 bilhões.

Um setor em constante expansão

Foto de American Public Power Association por Unsplash

O impacto econômico da energia solar já pode ser experienciado diretamente nas contas de luz de milhares de cearenses. Conforme dados veiculados pelo nosso portal, cerca de 113 mil consumidores se beneficiam da redução no valor de suas contas de luz por gerar a própria energia por meio da matriz solar.

Ainda em termos de impactos econômicos, em maior escala, vale destacar que o estado também conta com o apoio financeiro de instituições públicas como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Recentemente, segundo informações divulgadas pelo site IstoÉ Dinheiro, o BNDES aprovou projetos de geração elétrica a partir da fonte solar nos estados do Ceará e de São Paulo, no valor de R$ 1,14 bilhão.

A expansão contínua do setor de energia fotovoltaica faz dele uma alternativa atraente de investimento para empresas privadas, como evidencia o recente contrato milionário assinado pela Weg (WEGE3) para a construção de um complexo solar no município de Jaguaruana.

Pioneira no desenvolvimento de soluções em geração de energia solar no Brasil, a Weg fechou um contrato no valor de R$ 630 milhões para executar o projeto, construir, comprar equipamentos e realizar a montagem referente à construção do complexo de energia solar fotovoltaica Arapuá, localizado no Vale do Jaguaribe. O início da construção está previsto para o segundo semestre de 2024, a conclusão da obra para 2025 e o início da operação comercial para os primeiros três meses de 2026.

Investimentos milionários, milhares de empregos

Em adição aos investimentos em infraestrutura, o setor de energia solar fotovoltaica no Ceará tem favorecido a economia local devido à geração de empregos, sobretudo nas áreas de manutenção e de construção de usinas fotovoltaicas.

Milhares de indivíduos de diferentes formações, incluindo engenheiros, profissionais de transporte e de logística, técnicos em engenharia, são empregados diretamente, o que contribui para o desenvolvimento econômico do estado, especialmente em regiões mais remotas, onde a construção de usinas solares tem trazido oportunidades para a população local.

O número de empregos gerados varia de acordo com a fonte consultada, porém, dados obtidos pelo portal de notícias Focus, através de um relatório elaborado pela ABSOLAR, indicam que a quantidade de empregos gerados na cadeia produtiva supera a casa dos 59.500.

À medida que a demanda por energia limpa continua a crescer, o Ceará está bem posicionado para se tornar um dos líderes nacionais e até globais no setor de energia solar, gerando ainda mais empregos e atraindo mais investidores.